Não prospera

Emedebistas não veem razão para impedimento

Hildo Rocha avalia que movientação é maior "de fora para dentro" do Parlamento; João Marcelo acredita que processo agravara momento de crise

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(João Marcelo)

SÃO LUÍS - Também ouvidos por O Estado, os membros maranhenses da bancada do MDB em Brasília, deputados federais Hildo Rocha e João Marcelo, não acreditam no prosseguimento do debate sobre o impedimento do presidente da República.

O MDB é o partido, também, do ex-presidente Michel Temer, artífice da “Declaração à Nação” de Bolsonaro e do seu movimento de reaproximação com o ministro Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) justamente pelo emedebista.

“Existe uma movimentação de impeachment muito mais forte de fora para dentro da Câmara dos deputados do que internamente. Internamente apenas alguns líderes de partidos de oposição tem feito pressão junto ao presidente Artur Lira para que o mesmo inicie o processo de impeachment do presidente da república”, pontuou Rocha.

Apesar de haver vários pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados contra o presidente, João Marcelo acredita ser pouco provável que o presidente da Casa, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), instaure um processo.

“É muito difícil que um processo de impeachment seja instaurado num momento de crise como esse que estamos atravessando. É um remédio amargo que gera muita instabilidade e um enorme desgaste institucional”, ponderou.

Ele ressaltou, ainda, que os atos de 7 de Setembro deram nova configuração ao jogo político.

“O presidente ainda tem o apoio de grande parte da população. As manifestações de 7 de setembro tiveram um efeito inesperado para o mandatário e seus seguidores: o aquecimento das discussões do impeachment nos partidos de centro e a reação das instituições cobrando do Congresso Nacional a apuração dos crimes de responsabilidade cometidos por ele durante os eventos. Isso fez com que o presidente Jair Bolsonaro mudasse o seu discurso. A sua forma de falar ficou mais amena nessa Declaração à Nação divulgada ontem [quinta-feira, 9]. Há um diálogo no instante em que ele assume o seu dever como presidente da República e fala à nação que nunca teve nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes e que reitera seu respeito pelas instituições”, finalizou.

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