Estado Maior

Silêncio dos maranhenses

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

A bancada do Maranhão na Câmara dos Deputados tem 18 membros eleitos em 2018. Destes, somente seis tomaram posições claras em relação ao momento frágil e preocupante que o Brasil passa que é a crise institucional que gerou as manifestações de 7 de Setembro a favor e contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Dos deputados maranhenses, passaram o Dia da Independência do país se manifestando o Pastor Gil (PL), Aluísio Mendes (PSC), Bira do Pindaré (PSB), Juscelino Filho (DEM) e Rubens Júnior (PCdoB). Os dois primeiros, a favor do presidente e os dois últimos, contra. Os quatro, claro, pregam a “defesa da democracia”, cada um a seu jeito.

Mesmo diante da crise, outros parlamentares preferem ficar em silêncio. Mesmo com a divulgação de um texto intitulado “Declaração à Nação”, assinado por Bolsonaro, que adotou um tom pacificador, os deputados maranhenses, em sua maioria, mantiveram o silêncio. Sem qualquer análise, posição a favor ou contra.

O silêncio dos representantes da população do Maranhão demonstra uma posição de certa indiferença com as consequências da crise institucional e política. Uma posição em cima do muro para não confrontar o governo e nem desagradar quem não concorda com a gestão de Bolsonaro.

O ideal seria que todos os representantes da população se unissem para frear a crise e buscar soluções, cujas consequências são sentidas, principalmente, pela camada mais carente da população.

Posicionados
Já os senadores maranhenses Weverton Rocha (PDT), Roberto Rocha (sem partido) e Eliziane Gama (Cidadania) se posicionaram sobre os últimos acontecimentos no Brasil.

Rocha e Gama falaram em defesa da democracia e criticaram as falas do presidente Jair Bolsonaro contra o Poder Judiciário.

O senador Roberto Rocha se manifestou a favor dos movimentos pró-Bolsonaro e chegou a participar do ato em São Luís.

Disputa
A vacinação contra a Covid-19 vem sendo alvo de disputa entre o governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís desde janeiro, quando chegaram as vacinas ao estado.

Em maio e em junho ocorreu um dos pontos altos desta disputa de qual gestão vacinava mais. Em alguns momentos, estes “confrontos” foram bons porque aceleraram a vacinação.

Em outras ocasiões, a política pesou e acabou atrapalhando. Agora o embate retorna devido à aplicação da segunda dose em moradores de outras cidades da Ilha em São Luís.

Segunda dose
O secretário de Saúde, Carlos Lula, usou as redes sociais para criticar a Prefeitura da capital por recusar aplicação de imunizante contra a covid em pessoas que não são de São Luís.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) emitiu nota esclarecendo que solicitou ao governo estadual doses extras para vacinar moradores de outros municípios da Ilha, que reclamam de falta de doses nos postos de suas cidades.

Nesses embates, a Secretaria Estadual de Saúde diz ter as doses em seus postos de vacinação para aplicar a segunda dose em quem tomou a primeira pelo governo, e a Semus garante que vacinará com a segunda dose quem já tomou a primeira, mesmo não sendo morador da capital.

Reclamação
Sobre o embate entre o governo estadual e a Prefeitura de São Luís, o deputado federal Cléber Verde (Republicano) já havia chamado atenção.

O parlamentar disse que a esposa dele, que havia vacinado no centro de vacinação da SES, tentou vacinar em um dos centros de vacina da prefeitura e não conseguiu.
Ele criticou a burocracia e sugeriu um diálogo entre o governo estadual e a gestão do prefeito Eduardo Braide (Podemos).

Cobrança
Pré-candidato ao governo do Maranhão, o secretário Estadual de Indústria e Comércio, Simplício Araújo (SD), mantém seu discurso de cobrar a aprovação do plano diretor de São Luís.

A atualização do texto do plano tem sido uma das principais bandeiras de Simplício, que vem espalhando outdoor pela cidade para mostrar números desfavoráveis à capital sem um novo Plano Diretor.

Vale lembrar que o texto do plano deve ser alterado pela Prefeitura de São Luís, conforme orientou o Ministério Público e a Câmara Municipal de São Luís após audiências públicas.

DE OLHO

70 anos é a faixa etária que já pode procurar os postos de vacinação em São Luís para aplicação da 3ª dose. Vale lembrar que é necessário ter um intervalo de seis meses da aplicação da 2ª dose.

Audiência sobre Zema
Hoje, a Câmara Municipal de São Luís vai debater a proposta da Zona de Exportação do Maranhão (Zema) feita pelo senador Roberto Rocha.

A audiência é uma proposta da vereadora Karla Sarney (PSD), que quer esclarecer a população de São Luís o que a proposta pode trazer para o desenvolvimento da capital.

A audiência pública será realizada no Auditório do Sebrae, às 17h, e deve contar com a participação de uma equipe técnica que vem de Brasília, além do senador Roberto Rocha.

E MAIS

• Há previsão para as próximas semanas de uma nova rodada de reunião entre o governador Flávio Dino (PSB) e seus dois principais pré-candidatos ao governo, Carlos Brandão (PSDB) e Weverton Rocha (PDT).

• Para os aliados palacianos, o governador vai deixar claro quais os termos para dar o seu apoio a um dos candidatos que inclui o comando do processo eleitoral sendo dele.

• Já aliados de Brandão acreditam que, desta vez, Dino será mais duro com o senador do PDT, que andou se excedendo e confrontando o grupo do governador.

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