Praias

Campanha alerta para risco de caravelas na orla

Ação da Semusc começou no Olho d''Água, mas se estenderá a outras praias de São Luís para advertir banhistas e demais frequentadores sobre grave perigo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Salva-vidas utilizam megafone para alertar banhistas sobre perigo representado pelas caravelas
Salva-vidas utilizam megafone para alertar banhistas sobre perigo representado pelas caravelas (campanha alerta)

São Luís - A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), iniciou, neste sábado (4), uma campanha educativa na Praia do Olho d’Água para alertar os banhistas e frequentadores sobre os cuidados com as caravelas. O serviço está sendo executado pelo Grupamento de Guarda-Vidas da Guarda Municipal de São Luís (GMSL), aos finais de semana.

“As caravelas provocam diversos acidentes no litoral brasileiro, em especial, no Norte e Nordeste. Então, nada mais pertinente que uma campanha da Prefeitura com essa magnitude em nossas praias. Nós começamos na Praia do Olho d’Água, mas iremos estender para outra de nossa circunscrição, que é a da Ponta d’Areia. O nosso Grupamento de Guarda-Vidas está orientando os banhistas sobre os perigos que esses animais marinhos causam. O trabalho é fundamental para evitarmos lesões e outros tipos de situações na orla da capital”, explicou Marcos Affonso, secretário municipal de Segurança com Cidadania.

Os guarda-vidas montaram uma tenda no calçadão da praia, onde estão sendo distribuídos materiais gráficos explicativos acerca das caravelas e os cuidados que as pessoas devem tomar para evitar acidentes, como as queimaduras. Enquanto isso, na faixa de areia, os profissionais estão circulando em quadriciclos divulgando mensagem gravada sobre os procedimentos que os banhistas devem realizar em caso de ataque dos animais marinhos. Além disso, o grupo está efetuando o patrulhamento no bote da corporação em toda extensão marítima.

“A campanha da ‘Praia Segura’ está sendo realizada por meio de uma metodologia que tem o teor pedagógico e mais uma ferramenta de prevenção e combate, para evitarmos vítimas de queimaduras das caravelas, que são carregadas pelos fortes ventos, que ocorrem principalmente nesta época do ano - de agosto a dezembro - quando é mais recorrente a incidência de caravelas. Com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, estamos fazendo uso do sistema de sonorização e entrega de materiais educativos, para atingir o público-alvo que circula no calçadão, na areia e, sobretudo, as crianças”, esclareceu o subinspetor Antônio Carlos, gestor do Grupamento de Guarda-Vidas da GMSL.

Segundo a Semusc, assim que alguém detectar uma caravela no mar, o recomendável é sair imediatamente da água. “Mesmo na areia, o animal ainda pode atacar, queimando as vítimas durante o contato sem a devida proteção, principalmente, as crianças, que são atraídas pelo brilho da coloração. A orientação é lavar o local lesionado com água do mar ou vinagre de cozinha. Depois, coloca-se lidocaína. De qualquer forma, procurar ajuda médica é fundamental para coibir o agravamento dos sintomas”, complementou Antônio Carlos.

Para os frequentadores da praia, a campanha é válida porque alerta não só sobre a presença das caravelas, como também o que deve e não deve ser feito em caso de contato com esses animais, que pertencem ao mesmo grupo das águas-vivas (cnidários), mas se diferenciam porque possuem uma bolsa púrpura ou avermelhada que flutua por cima da linha da água do mar. “Achei interessante. Já é mais uma demonstração de que a nova gestão na Prefeitura está realmente preocupada com o bem-estar da população. Eu já presenciei pessoas com sintomas graves decorrentes dos ataques. É assustador. Nada como prevenir para não ter que remediar”, comentou a universitária Lubiane Castro, que frequenta a Praia do Olho d’Água aos fins de semana.

Sobre as caravelas

Um ponto que merece atenção e que, embora muitas pessoas confundam, as caravelas são diferentes das águas-vivas, que são transparentes, o que dificulta sua identificação na água do mar. As duas, no entanto, são capazes de envenenar até 24 horas fora da água. Sendo assim, é importante não retirar os tentáculos com as mãos desprotegidas.

“Primeiramente, é importante retirar os tentáculos com as mãos protegidas por luva, saco plástico ou até mesmo com o palito de picolé. Não se deve esfregar o local atingido e também não tocar no animal, especialmente, quando estão aparentemente mortos, uma vez que mesmo assim podem eliminar veneno”, salientou o gestor do Grupamento de Guarda-Vidas.

A Prefeitura de São Luís recomenda aos banhistas e frequentadores que, em caso de dúvidas, procurem os guarda-vidas da Guarda Municipal de São Luís mais próximos para receberem as orientações corretas. As caravelas possuem tentáculos longos que podem gerar lesões na vítima. Esses animais marinhos são facilmente detectados devido à sua bolha azulada, que fica por cima da água.

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