Nos lares brasileiros

Número de animais de companhia aumenta cerca de 30% durante a pandemia

Comac traz um panorama do mercado pet durante a pandemia e as principais mudanças que ocorreram no segmento durante esse período. Adoções e laços afetivos mais fortes entre tutores e pets estão entre as principais tendências

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Percentual de tutores que enxergam os animais como filhos ou membros da família aumentou
Percentual de tutores que enxergam os animais como filhos ou membros da família aumentou (pet de companhia)

São Paulo - A Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) apresentou os principais resultados da pesquisa Radar Pet 2021. Além de apresentar um panorama da penetração de cães e gatos nos lares brasileiros, o perfil dos tutores e os principais hábitos de cuidado e consumo, o levantamento analisa as transformações do mercado pet durante a pandemia e tendências do setor.

“A pandemia modificou muito a relação do tutor com o pet, mas também a forma como o veterinário e o lojista se comunicam. O que percebemos é que as famílias adotaram mais, inclusive tendo um grande percentual de pessoas que adquiriram o primeiro pet durante a pandemia. Os animais de companhia são extremamente importantes para a saúde e bem-estar emocional das famílias durante esse período de estresse. E isso alavancou as adoções, que já era uma tendência forte, mas foi alavancada”, comenta Leonardo Brandão, coordenador da Comac.

Um dos principais pontos relevados pela pesquisa da Comac é o aumento do número de pets nos lares brasileiros, crescimento que foi acelerado pela pandemia. Cerca de 30% dos pets do estudo foram adquiridos durante o período de isolamento social, com uma predominância maior de gatos entrando nos lares brasileiros. Outro dado interessante é que 23% dos tutores adquiriram seu primeiro pet durante a pandemia.

A principal porta de entrada dos animais das famílias brasileiras é por meio da adoção, forte tendência no Brasil. A adoção de felinos foi superior, principalmente na região Norte, confirmando a tendência indicada pelo levantamento anterior de que os gatos futuramente serão os pets predominantes no Brasil.

Entre os felinos, 84% foram adotados e, entre os cães, 54% são frutos de adoção. Os animais adotados costumam estar na faixa etária mais jovem. Sobre o perfil de tutores que adotaram pets durante a pandemia, pessoas que moram sozinhas foram predominantes. A região Sul também apresenta maiores taxas de adoção. Mas entre os adotantes de gatos, casais sem filhos foram a maioria.

SAIBA MAIS

Confira alguns destaques do levantamento

Aumento em compras online e tempo com os pets: Nas mudanças de hábitos de consumo e comportamento, as compras online e o desejo de aproveitar mais a companhia dos pets são os principais destaques. Cerca de 74% das pessoas fizeram mais compras por plataformas digitais e a maioria pretende manter esse hábito mesmo após a pandemia. Além disso, 73% conseguiu desfrutar mais tempo com os animais de companhia.

Maior cuidado com a saúde: O levantamento ainda indica que os tutores começaram a cuidar melhor dos animais e frequentar mais os veterinários. A maioria dos tutores de cães levaram os animais a alguma consulta veterinária durante a pandemia, sendo a maioria para prevenção ou aplicação de vacinas. Consultas à domicílio foram bem avaliadas pelos participantes da pesquisa, assim como compras online para produtos e medicamentos voltados para os pets.

Fortalecimento dos laços com os animais: O percentual de tutores que enxergam os animais como filhos ou membros da família aumentou, mostrando que o período também foi relevante para fortalecer os laços entre aqueles que permaneceram com seus animais. Também diminuiu o percentual de pessoas que enxergam os animais apenas como um bicho de estimação.

Digitalização do setor veterinário: Além do aumento das consultas online, os veterinários também aumentaram a presença nas redes sociais, se comunicando com clientes em pelo menos duas redes sociais. Outro ponto interessante é a compra de medicamentos online. Anteriormente, as compras eram voltadas majoritariamente por rações e acessórios. Mas a digitalização de pet shops e lojas do setor geraram confiança para outros produtos serem comercializados de forma digital.

Busca maior por informações: Os tutores também pesquisaram bastante sobre temas como contágio e transmissibilidade da Covid-19 em pets, leram sobre saúde animal e medicamentos na internet e assistiram vídeos e lives com temáticas voltadas para o bem-estar dos pets.

Aumento do abandono: Na contramão das altas de adoção, a pesquisa da Comac estima que cerca de 10 milhões de animais de companhia foram abandonados durante da pandemia. Cerca de 40% dos respondentes afirmaram que conhecem alguém que abandonou um pet neste período. Estima-se que isso tenha ocorrido em razão da perda de poder aquisitivo de grande parte da população.

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