Sem chuvas

Chegada da estiagem pode ajudar na redução de casos da Covid-19

No período seco e quente, as pessoas tendem a optar por espaços abertos e arejados; em julho já choveu cerca de 70% do previsto

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Estado está no período de transição, com dias de sol e chuva; em agosto, chega a estiagem no Maranhão
Estado está no período de transição, com dias de sol e chuva; em agosto, chega a estiagem no Maranhão (nublado)

São Luís – Apesar de não ter as quatro estações definidas, em São Luís, há o período chuvoso e de estiagem, conhecido popularmente como “inverno” e “verão”. E neste mês de julho, a capital está passando pela transição desses dois períodos, caracterizado, principalmente pela alternância dos dias com sol e com chuva e de nebulosidade mais intensa, como vem acontecendo nos últimos dias, conforme explica o meteorologista do Laboratório de Meteorologia da Uema, Hallan Cerqueira. De acordo com especialistas, a redução das chuvas e o início da estiagem podem ser fatores positivos para a redução de casos da Covid-19.

Essa relação da redução da contaminação tem a ver, principalmente, com os hábitos da população que mudam durante o período chuvoso. Conforme apontado pela epidemiologista Maria dos Remédios, o período de chuvas as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados e se aglomerarem, esse é o principal risco, pois além dos vírus que são transmitidos por gotículas e contato, existem aqueles que são passados por aerossóis (minúsculas partículas que são liberadas por meio da tosse, respiração ou fala), enquanto no período de estiagem, devido ao sol e o calor, a população costuma optar por ambientes abertos, e os transportes públicos passam a ter menos aglomerações.

De acordo com Hallan Cerqueira, a previsão é que em agosto a estiagem comece definitivamente em São Luís. “Metade do estado já está no período seco, e aqui no norte está no fim do período de transição, o mês de agosto o estado todo estará no período de estiagem”, explicou o meteorologista, que também ressaltou que normalmente em julho chove por volta de 123 mm, e até agora já foram registrados 90 mm, ou seja, cerca de 73% do esperado.

Risco de locais com ar-condicionado ou climatizados
Com a estiagem e o aumento do calor, muitos podem passar a preferir ambientes climatizados, contudo, especialistas alertam que esses locais podem ser um risco para a contaminação da Covid-19 e de outros casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRA), pois ambientes fechados e climatizados podem proporcionar o ressecamento das vias aéreas, o que deixa a pessoa mais suscetível a pegar algum tipo de virose.

O ressecamento pode prejudicar as vias aéreas, dificultar a respiração, causar desconforto e aumentar o número de casos dessas infecções. As doenças respiratórias podem apresentar, inclusive, um conjunto de sintomas muito parecido, o que pode dificultar o diagnóstico. Conforme explicado pela infectologista Maria dos Remédios, o ressecamento das mucosas nasais, ainda, aumenta a sensibilidade e torna mais propícia a entrada de vírus respiratórios no organismo.

O ideal, para evitar esse ressecamento e contaminações, o ideal é evitar lugares aglomerados e fechados, e preferir espaços arejados, além de manter a hidratação, ingerir bastante líquidos ajuda a evitar o ressecamento das vias respiratórias e previne de possíveis contaminações.

SAIBA MAIS

Pandemia no Maranhão

De acordo com os dados divulgados pelo consórcio de imprensa no início desta semana, 19, o Maranhão continua apresentando queda na média móvel de casos e óbitos da Covid-19. É uma queda de 31% comparados com análise feita nos 15 dias anteriores, referente a data de 5 de julho.

O último boletim da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES), referente também ao dia 19 de julho, o Maranhão possui 34.687 casos ativos no momento, e desses, 955 estão internados em leitos da rede estadual. Na Grande Ilha, a ocupação dos leitos de UTI é de 74,52% e dos clínicos é de 61,91%.

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