Pandemia

Maranhão mantém-se fora da zona de alerta em ocupação de leitos de UTI

De acordo com o último Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva no estado corresponde a 14%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Taxa de ocupação de leitos de UTI está em queda no estado devido o avanço da vacinação
Taxa de ocupação de leitos de UTI está em queda no estado devido o avanço da vacinação (uti)

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS mantêm-se em patamares baixos em praticamente todo o país. De acordo com o último Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na sexta-feira (15), o Maranhão é um dos 25 estados que estão fora da zona de alerta em ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com uma taxa hoje de 14%.

Em relação às capitais, 34 estão fora da zona de alerta, entre as quais São Luís, com taxa de ocupação de leito de UTI de apenas 8%.

Entre os estados, segundo a Fiocruz, o estado do Espírito Santo permanece na zona de alerta intermediário, mas a taxa caiu de 75% para 65%. Também ressalta a situação do Distrito Federal, que se mantém na zona de alerta crítico, com taxa ainda mais elevada (na última semana era 83% e passou a 89%), embora parte do aumento no indicador possa ser explicado pela retirada de leitos. Adicionalmente, observou-se uma elevação expressiva do indicador no Ceará (32% para 48%).

Foram registradas reduções nos leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS em Rondônia, Amazonas, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Além disso, leitos que já não vinham sendo contabilizados no Maranhão voltaram a ser contabilizados, explicando parcialmente a queda do indicador no estado de 32% para 14%.

No balanço geral, o Distrito Federal está na zona de alerta crítico (89%), o Espírito Santo está na zona de alerta intermediário (65%) e os vinte e cinco demais estados estão fora da zona de alerta: Rondônia (36%), Acre (6%), Amazonas (24%), Roraima (27%), Pará (23%), Amapá (11%), Tocantins (27%), Maranhão (14%), Piauí (52%), Ceará (482%), Rio Grande do Norte (35%), Paraíba (25%), Pernambuco (51%), Alagoas (30%), Sergipe (18%), Bahia (28%), Minas Gerais (23%), Rio de Janeiro (44%), São Paulo (30%), Paraná (46%), Santa Catarina (42%), Rio Grande do Sul (56%), Mato Grosso do Sul (20%), Mato Grosso (31%) e Goiás (49%).

Entre as capitais, Brasília (89%) permanece na zona de alerta crítico, e Vitória (63%) e Porto Alegre (63%) na zona de alerta intermediário. Porto Velho e a cidade do Rio de Janeiro deixam a zona de alerta, valendo destacar que, na última, isto ocorre pela primeira vez desde que os pesquisadores do Boletim começaram começamos a monitorar o indicador, em julho de 2021.

Vinte e quatro capitais estão fora da zona de alerta: Porto Velho (57%), Rio Branco (6%), Manaus (57%), Boa Vista (27%), Belém (0%), Macapá (12%), Palmas (39%), São Luís (8%), Teresina (51%), Fortaleza (39%), Natal (37%), João Pessoa (24%), Recife (a taxa específica de Recife não foi divulgada, mas consta do Boletim publicado pela Secretaria de Saúde do município que todos os leitos municipais de UTI Covid-19 já foram desativados; há leitos em níveis de atenção de menor complexidade), Maceió (51%), Aracaju (18%), Salvador (26%), Belo Horizonte (50%), Rio de Janeiro (59%), São Paulo (38%), Florianópolis (57%), Campo Grande (21%), Cuiabá (40%) e Goiânia (39%).

Análise demográfica

A mediana de internações, ou seja, a idade que delimita a concentração de 50% dos casos, chegou ao menor patamar entre a SE 23 (06 a 12/06) e 27 (04 a 10/07), de 51 anos. Na SE 39 a mediana foi de 67 anos. Para os óbitos, a menor mediana foi de 58 anos, observada entre a SE 21 (23 a 29/05) e SE 24 (13 a 19/06), e na SE 39 foi de 73 anos. Para as internações em UTI, o período de menor mediana foi o mesmo que o dos óbitos (53 anos), e na SE 39 o patamar foi de 68 anos. A média de idade das internações, internações em UTI e óbitos na SE 39 foi, respectivamente: 62,3; 63,7 e 70,8 anos.

Após o início da vacinação entre adultos jovens, a média e mediana de idade dos três indicadores – internações gerais, internações em UTI e óbitos – voltaram ao patamar superior a 60 anos. Isto significa que mais da metade de casos graves e fatais ocorrem entre idosos. No entanto, embora a média e mediana de idade para casos hospitalizados mantenha tendência de aumento, a média e mediana de idade dos óbitos encontram-se estáveis há três semanas. A proporção de casos internados entre idosos, que já esteve em 27% (SE 23, 06 a 12/06), hoje se encontra em 62,1%. Já para os óbitos, que encontrou na mesma semana 23 a menor contribuição de idosos (44,6%), hoje se encontra em 78,9%.

As internações em leitos de terapia mantém-se o panorama de maior contribuição relativa das faixas etárias mais idosas entre as internações em UTI. As faixas etárias de 60 a 69 anos e 70 a 79 anos representam os grupos etários de maior contribuição relativa nas internações em UTI.

Taxa de positividade

A taxa de positividade dos testes também sofreu grandes oscilações, o que pode indicar a manutenção de patamares altos de transmissão do vírus da Covid-19. A análise chama atenção que a redução da mortalidade e menor redução da incidência podem ser resultado das campanhas de vacinação, que seguramente reduzem os riscos de agravamento da doença, mas não impedem completamente a transmissão do vírus Sars-CoV-2. Esses e outros dados para monitoramento da pandemia em estados e municípios podem ser acessados pelo sistema MonitoraCovid-19.

Taxa de letalidade

A taxa de letalidade se encontra atualmente em torno de 3% e permanece alta em relação a outros países que adotam medidas de proteção coletiva, testagem de suspeitos e seus contatos, bem como cuidados intensivos para doentes graves. As maiores letalidades foram observadas nos estados de Roraima (14,3%), São Paulo (9,7%), Rio de Janeiro (6,8%) e Alagoas (5,6%), mas esses próprios valores devem ser tomados com cautela, já que podem ser resultado da irregularidade da disponibilização de dados.

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