Editorial

Referência nacional

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, que nesta terça-feira, 22, atinge jovens de 18 anos sem comorbidades, São Luís continua em destaque no cronograma nacional de vacinação, sendo referência nacional no noticiário dos veículos de comunicação. Portanto, não deixa de ser motivo de satisfação o posicionamento da capital maranhense no ranking de aplicação de doses.

A semana começa ainda sobre o impacto da trágica marca de 500 mil mortes e, segundo infectologistas, as perspectivas para a pandemia de Covid-19 continuam preocupantes no Brasil. A vacinação passou a avançar mais rapidamente nos últimos dias, mas cinco meses depois de iniciada, pouco mais de 11% da população tem a segunda dose aplicada. E a circulação do vírus ainda é muito alta no país.

O Brasil continua a ser o 67º no ranking global de aplicação de doses da vacina contra Covid-19 no domingo, 20, na relação a cada 100 habitantes, posição que ocupa desde quinta-feira,17. O país já esteve na 56ª posição desse ranking e, na última semana, estava em 68º. Entre os países que compõem o G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, o país continua em 10º. Segundo os dados atualizados pela Agência CNN, o Brasil aparece com 41,05 doses aplicadas a cada 100 habitantes.

Com relaxamento das medidas de isolamento social e sem políticas nacionais de testagem em massa, o Brasil viu a pandemia crescer exponencialmente e, apenas neste ano, registrou o maior número diário de mortes por Covid entre todas as nações do mundo. Apesar de alguns governadores projetarem vacinar toda a população com pelo menos uma dose até outubro, a incerteza na entrega de vacinas e o surgimento de novas variantes tornam o futuro da epidemia incerto no país.

O epidemiologista e professor Pedro Hallal, diz que pelo menos 400 mil mortes poderiam ter sido evitadas se o governo federal tivesse adotado medidas para controlar a pandemia. Para ele, a gestão Jair Bolsonaro errou ao atrasar a compra de vacinas, desestimular o uso de máscaras e vacinação, não implementar uma política rigorosa de isolamento social e distribuir remédios ineficazes para a Covid, como a cloroquina, que geraram uma falsa sensação de segurança em muitos brasileiros.

No domingo,20, O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas da Pfizer contra a Covid-19 enviado pelo consórcio global Covax Facility, com 80 mil doses. Até o fim deste ano, o contrato com a aliança liderada pela Organização Mundial da Saúde prevê 42,5 milhões de unidades para o Brasil. O país já havia recebido outras 5 milhões de vacinas Oxford/AstraZeneca por meio do consórcio. Ao todo, a Pfizer já enviou 10,7 milhões de doses da vacina em catorze lotes, sendo o primeiro em abril. Até o fim de 2021, dois contratos com o governo brasileiro preveem a chegada de 200 milhões de unidades, sendo a metade disso até setembro.

Neste momento em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta associar o drama dos mais pobres ao desperdício de comida pela classe média, uma boa notícia, no início da semana, para aposentados e pensionistas do INSS. A partir desta quinta-feira,24, beneficiários recebem a segunda parcela do 13º salário. O pagamento será feito de acordo com o número final do benefício. Conhecido como abono de Natal, a grana extra teve o pagamento antecipado novamente por causa da pandemia de Covid-19.

O objetivo do governo federal com a antecipação do abono é aquecer a economia durante o agravamento da pandemia. A expectativa do Ministério da Economia é injetar R$ 52,7 bilhões com o abono antecipado. Segundo o Ministério da Economia, não há impacto orçamentário com a antecipação, por tratar-se apenas de mudança de data de pagamento.

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