Rota das drogas

16 maranhenses presos por tráfico internacional de entorpecentes

Prisões ocorreram em menos de cinco anos; estado é rota de traficantes de cocaína, haxixe, LSD, skunk, ecstasy e até maconha líquida para uso em cigarros eletrônicos

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(Haxixe)

São Luís - O Maranhão faz parte do tráfico internacional de cocaína, haxixe, LSD, skunk, ecstasy e até mesmo de maconha líquida, para uso em cigarros eletrônicos, a partir dos Estados Unidos. Em um intervalo de menos de cinco anos, pelo menos, 16 maranhenses foram presos suspeitos de tráfico internacional de entorpecentes.

A Receita Federal tem combatido esse tipo de empreitada criminosa. Em outubro do ano passado, os funcionários do órgão federal conseguiram apreender cerca de 24 gramas de haxixe e 32 gramas de maconha líquida no Aeroporto Internacional do Galeão, na capital carioca. A maconha seria utilizada em cigarros eletrônicos e tinha como destino o Maranhão.

A apreensão da droga foi realizada no Centro de Processamento de Remessas Postais Internacionais do Galeão. A encomenda aérea tinha como origem o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e o destinatário tinha como endereço a capital maranhense.

No dia 13 de março do ano passado, a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva, expedido pela 1ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho, em Rondônia, decorrente da tentativa de envio de cloridrato de cocaína para o estado do Maranhão, por meio da Empresa de Correios e Telégrafos.

O detido foi identificado com o traficante que transportou e postou a droga apreendida no dia 23 de maio de 2019, na Agência dos Correios do bairro Tancredo Neves, na capital rondoniense. O entorpecente estava no interior de uma caixa de papelão e tinha como destino a cidade maranhense de Tutoia.

A Polícia Federal deflagrou a 2ª Fase da Operação “MD”, com o objetivo de desarticular um bando criminoso especializado no tráfico de droga internacional também utilizando-se dos Correios. Os tipos de entorpecentes são ecstasy, LSD, cocaína, skunk e maconha. Um total de cinco pessoas foram presas e cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.

Mulas

Pelo menos, 10 maranhenses já foram presos em flagrante no decorrer destes últimos cinco anos desempenhando a função de “mulas” para organização criminosa especializada no tráfico internacional de droga, principalmente, para Europa, Ásia e África. Ainda no começo do segundo semestre do ano passado, um suspeito de cometer esse tipo de ação criminosa foi preso em São José de Ribamar, durante a Operação Olossa, realizada pela Polícia Federal (PF).

O detido foi apresentado na sede da Polícia Federal, no bairro Cohama. Além do Maranhão, os policiais realizaram cercos na Bahia, Sergipe, Pará, São Paulo, Santa Catarina como ainda a Interpol prendeu dois criminosos na Espanha e um na Tailândia.

No dia 20 de janeiro de 2020, um casal, que é natural de Caxias, foi preso pela PF quando tentava embarcar para o exterior com droga no estômago, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A polícia informou que eles foram autuados por tráfico internacional de drogas e estavam com mais de dois quilos de cocaína.

O delegado Ricardo Herlon, de combate ao narcotráfico em Timon, disse que o fim do ano de 2018, uma moradora de Timon tinha desaparecido no aeroporto de Fortaleza, no Ceará. A família registrou ocorrência e após alguns dias ficou sabendo que ela tinha sido presa no aeroporto em Lisboa, em Portugal. Foi constatado que a detida estava transportando uma porção de cocaína no estômago.

Durante o segundo semestre de 2018, mais duas jovens de Timon foram presas em flagrante ao desembarcarem no aeroporto de Lisboa. A polícia constatou que elas tinham ingerido cápsulas de cocaína no Brasil para serem comercializadas na Europa. Também em 2018 ocorreu a prisão de um maranhense, em Marrocos, suspeito de tráfico de droga internacional.

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Mais ocorrências

Ainda na última quinta-feira, 10, permanecia preso em Bangcoc, na Tailândia, o maranhense de Olho d’Água das Cunhãs, Paulo Henrique Pires do Nascimento, de 27 anos. Segundo a polícia, ele foi preso em companhia de outro brasileiro, Elsonias Coleta da Silva, de 35 anos, no dia 6 de setembro de 2017. A polícia identificou que havia 1,3 kg de cocaína no estômago dos detidos, avaliado em torno de R$ 605,5 mil. De acordo com legislação da Tailândia, a pena para esse tipo de crime é de 20 anos de cadeia ou prisão perpétua.

Seis pessoas, entre elas uma maranhense, nome não revelado, de 24 anos, foram presas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 30 de março de 2017 com 40 kg de cocaína. O delegado Marcelo Ivo de Carvalho, da Polícia Federal, informou que a maranhense foi abordada no portão de embarque do aeroporto, quando se preparava para viajar com destino ao Cairo, no Egito. No momento da abordagem, a maranhense estava muito nervosa o que despertou a atenção dos policiais, que, ao revistarem a sua bolsa, encontraram em um fundo falso, 2 kg de cocaína. O restante da droga estava com os outros membros da quadrilha.

No dia 16 de setembro de 2017, a equipe da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc) prendeu o maranhense Alessandro Silva, no Planalto Anil, acusado de ser integrante de um bando especializado em tráfico internacional e suspeito de abastecer as bocas de fumo na Ilha de São Luís. Essa organização é chefiada pelo pernambucano e líder de facção criminosa José Mário Monteiro Júnior, o Júnior Kalango, de 28 anos.

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