Depois de muitas incertezas, finalmente o Inep bateu o martelo, ontem, 2, com a publicação do edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2021). Sob pressão diante da repercussão negativa, o Ministério da Educação voltou atrás e a prova foi marcada para novembro deste ano, para alívio de milhares de estudantes de todo o país.
As indefinições que marcam o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atingiram este ano o setor de Educação. O MEC planejava adiar esta edição do exame para janeiro do próximo ano por causa da pandemia de Covid-19 e por questões orçamentárias.
Com atraso de mais um mês em relação aos anos anteriores, o edital traz detalhes sobre a aplicação da prova - nas versões impressa e digital - nos dias 21 e 28 de novembro. O edital não especifica quantas vagas serão abertas para a modalidade digital. As inscrições começarão em 30 de junho e vão até 14 de julho. Os candidatos terão até 19 de julho para pagar a taxa de inscrição, de R$ 85.
Conforme o edital, "haverá procedimentos específicos para a aplicação" do Enem nesta edição por causa da pandemia causada pelo coronavírus. O documento, no entanto, não detalha quais serão esses procedimentos. O único procedimento citado se refere à obrigatoriedade do uso de máscara durante a realização das provas.
Na última aplicação da prova, realizada em janeiro, os candidatos enfrentaram uma série de problemas pela ausência da adoção de medidas de segurança contra a Covid-19. Estudantes chegaram a ser impedidos de realizar o exame por conta de salas superlotadas.
Só para lembrar, o Enem 2020 teve a maior abstenção da história do exame. Marcado para novembro de 2020, ele foi adiado para janeiro deste ano por causa da pandemia. No entanto, 55,3% dos estudantes não compareceram à prova na versão impressa, que contou com mais de 5,5 milhões de inscritos. Já a versão digital, que foi realizada uma semana depois, tinha quase 100 mil candidatos, e 71% deles não compareceram aos locais de prova.
A abstenção de quase 3 milhões de candidatos do Enem 2020 gerou um desperdício de mais de R$ 330 milhões aos cofres públicos. Isso porque o custo da prova, neste ano, foi de R$ 117 por aluno.
O cálculo é o mesmo utilizado pelo Ministério da Educação nos últimos anos para divulgar o desperdício de verba causado por alunos que se inscreveram, mas não compareceram à prova. Ele pega o total gasto na prova (neste ano, R$ 682 milhões) e divide pelo número de candidatos (5,783 milhões de inscritos). Assim, o custo da prova por aluno em 2020 foi de R$ 117. O valor desperdiçado é quase o dobro de tudo o que foi gasto em 2020 com a Bolsa Permanência, programa de auxílio a alunos de baixa renda em universidades públicas. No ano inteiro, foram empenhados R$ 180 milhões neste subsídio.
E por conta da pandemia, pelo segundo ano consecutivo os católicos estão privados de participar da solenidade litúrgica de Corpus Christi, nesta quinta-feira, 3 de junho. O tradicional evento religioso, que é uma demonstração pública de fé na Eucaristia, Corpo e Sangue de Cristo, não acontecerá em São Luís, em particular no bairro Cohatrac onde muitos expressavam sua manifestação de fé em procissão.
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