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Orientações para quem quer ser mãe na pandemia e a vacina contra Covid-19

O Estado preparou material especial acerca de cuidados em relação a vacinação de gestantes, amamentação nos casos suspeitos e para quem está no pré-natal

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
grávida
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São Luís - Ser mãe, em qualquer período de vida e história da humanidade, exige uma série de cuidados com a saúde da mulher e do futuro bebê. Além de uma alimentação adequada e promoção de hábitos que preservem o bem-estar físico do bebê e da mãe, em tempos de pandemia do coronavírus, é necessário ainda seguir a recomendações para evitar quaisquer riscos de contaminações.

Neste dia das Mães, 9 de maio, O Estado preparou material explicativo, tirando as principais dúvidas acerca de quem pensa em ser mãe ou mesmo quem amamenta ou faz o pré-natal. É importante ressaltar que as informações abaixo se baseiam nas atuais recomendações dos órgãos oficiais.

Vacinação das gestantes na capital
Na terça-feira, dia 4 de maio, São Luís iniciou a vacinação do público específico de gestantes e puérperas (com 45 dias após o parto) acima de 18 anos e com comorbidades, contra a Covid-19. A inclusão deste público ocorreu após o recebimento de novas doses na segunda-feira, dia 3, da vacina Pfizer.

Ainda que com recomendações expressas e específicas de armazenamento e uso (estima-se a aplicação das doses Pfizer, com base em orientação da fabricante, em até cinco dias após o procedimento de descongelamento dos imunizantes), a capital maranhense recebeu 10.060 doses de vacina Pfizer. Destas, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), cerca de mil doses foram realocadas para o uso do Governo do Estado para a aplicação destas em pacientes internadas em unidades da rede pública estadual.

No dia 26 do mês passado, o Ministério da Saúde enviou nota técnica orientando que todas as grávidas e puérperas sejam acrescidas no grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19. Em 15 de março, o governo já tinha incluído as gestantes com comorbidades. Com base em informações repassadas à O Estado pelo MS, o total de pessoas estimado neste perfil é de 28 milhões.

Após esta fase inicial preconizada pelo MS e executada na capital, serão vacinadas proporcionalmente, segundo as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos, conforme calendário posterior a ser divulgado. O Estado acompanhou a promoção da vacinação às gestantes na capital. Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de São Luís, por meio da Semus, ainda não havia confirmado o calendário de vacinação às gestantes para este fim de semana.

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Dúvidas sobre gravidez na pandemia
De acordo com orientação do Ministério da Saúde, por ora, não existem dados que comprovem que a mãe possa “transmitir o vírus para o bebê” durante a gravidez. Porém, segundo o MS – com base em orientações divulgadas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), gestantes sofrem alterações em seus corpos que podem aumentar o risco de infecções.

Acerca das lactantes ou com suspeita de infecção, documento oficial expedido no mês passado orienta que, por ora, “não há qualquer orientação ou comprovação de que o novo coronavírus seja transmitido por meio do leite”. Neste caso, de acordo com o Governo Federal, não está previsto encaminhamento de que a mãe deve ser separada do bebê.

E no caso de mulheres em amamentação com suspeita?
Ainda no caso das mulheres consideradas lactantes, ou seja, em amamentação e que tenham suspeita de infecção pelo novo coronavírus, é imprescindível a adequada lavagem das mãos antes e depois da amamentação ou da ordenha do leite materno. Nestes casos, segundo o MS, é fundamental que todas as mulheres em estado de amamentação, infectadas ou não, devem usar máscara para a proteção do bebê das gotículas de saliva, para evitar que estas possam ser transmitidas da mãe para o (a) filho (a).

E no pré-natal?
Segundo o MS, a regra é de que o pré-natal (ou seja, o acompanhamento médico da mulher durante a gravidez que deve começar assim que a mulher descobre que está grávida) seja mantido normalmente, tomando “os cuidados de higiene” e – neste caso – deve-se evitar qualquer contato e aglomerações. Caso a gestante apresente sintomas de “gripe”, neste caso, consultas e exames de rotina “devem ser adiados em 14 dias”. Quando necessário, estes exames devem ser executados em “locais isolados de outros pacientes”, evitando contaminações.

E no momento do parto, quais orientações?

De acordo com orientação do Governo Federal, a principal recomendação é que a mulher tenha um (a) acompanhante durante todo o trabalho de parto e período de internação necessário. É importante ainda, neste caso, ficar atento (a) às recomendações de proteção hospitalar, seja em unidade da rede pública ou para a rede privada.

No caso das visitas à maternidade ou local específico para a promoção do parto, com base na Rede Cegonha (estratégia lançada em 2011 para, a partir de missão do Governo Federal, proporcionar ao público feminino a saúde, qualidade de vida e bem-estar durante a gestão, parto e pós-parto e desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida), a recomendação é que estes procedimentos sejam agendados individualmente.

Nos casos de alta incidência de contaminação, dependendo da localidade onde é registrado o parto, é solicitada a suspensão das visitas, para que se evite a circulação de um “grande número” de pessoas.

Iolanda Fonseca é uma mãe para Ana
Iolanda Fonseca é uma mãe para Ana

Mãe não vê limitação, não vê necessidade, só vê amor…

Mãe que é mãe não vê questão externa no seu filho ou filha ou quem considere um filho ou filha. É preciso ver somente o amor e o que aquela pessoa representa para você ou para outrem. A beleza da democracia do amor materno está em amar sem compromisso, sem esperar nada em troca. Amar por amar.

A colaboradora do Pouso Obras Sociais, entidade que faz um trabalho assistencial de suma importância e cuja sede na capital está situada na Avenida Henrique Leal, nº 100, bairro Cohab Anil III, Iolanda Fonseca, cuida de jovens com necessidades específicas e que foram abandonadas ou as famílias originais não dispuseram de condições financeiras para assistência. A dedicação diária desta “mãe social” é comovente e chamou a atenção de O Estado.

Mãe biológica de 4 filhos, todos eles criados, dona Iolanda passou a cuidar de filhos de outras pessoas. Ela faz tarefas domésticas na unidade e, ao mesmo tempo, assiste a Ana (de 40 anos e tetraplégica) e a outros jovens com necessidades no local.

Dona Iolanda é uma mãe para Ana, que precisa de assistência plena para tarefas simples. “Ela [Ana] para mim é como se fosse uma filha, alguém que me considera como mãe também. É aquilo que a gente diz, mãe não vê nada, vê o sentimento. Sente o amor e o expressa de diversas formas. É o meu caso”, afirmou.

O papel de mães sociais é fundamental para a promoção de trabalhos assistenciais. No caso do Pouso Obras Sociais, além de dona Iolanda, outras “mães” de coração são essenciais. “Dependemos do aspecto da solidariedade. Portanto, qualquer ajuda neste caso é bem-vinda. Contamos com isso”, disse Moab José de Araújo, responsável pela entidade.

Dona Iolanda não se cansa de elogiar seus “filhos”. Para ela, são perfeitos. “Eu tenho um amor tão grande por eles que vocês nem imaginam. É muito forte e para mim, no dia das Mães, é como se fosse o nosso dia”, afirmou.

A mãe que ajuda as “mães sociais”

Colaboradora e voluntária, Dilna Freitas é destas mulheres raras que se preocupam somente em ajudar outras pessoas. Uma das responsáveis pela coleta de auxílios e arrecadação financeira da entidade, Dilna se considera também mãe de todos os jovens assistidos pela instituição filantrópica.

A ânsia e a necessidade de ajuda nascem de forma espontânea. “Fazer trabalho filantrópico é estar dedicado de corpo e alma o tempo todo. É o que faço aqui, ou tento fazer. Na verdade eu cuido deles como de fato fossem meus filhos. Para mim, uma alegria muito grande”, afirmou.

Ela pede ainda para que outras mães colaborem com o trabalho assistencial. “Você que é mãe que quer ajudar, colabore com o nosso trabalho. Ajude-nos nas redes sociais. Faça a sua parte. Contamos com sua colaboração”, afirmou.

Emanuelle e seu filho, o pequeno Felipe
Emanuelle e seu filho, o pequeno Felipe

“Sua inocência me tornou uma mãe melhor”, diz mãe

O recebimento de valores do filho e da filha a partir da interação e do dia-a-dia faz com que muitas mães se sintam mulheres melhores. Foi o que ocorreu com a fisioterapeuta Emanuelle Lima de Sá, de 37 anos. Mãe do jovem Felipe, de 4 anos, ela disse a O Estado que se tornou uma pessoa ainda melhor após experimentar a sensação de ser mãe. “Ser sua mãe me fez crescer como ser humano, me moldou, me ensinou a pensar mais nos outros, a ter mais empatia, me deixou mais paciente e mais altruísta. Me fez perceber que existem coisas que dinheiro algum é capaz de comprar”, disse.

Desde o nascimento, passando pelas fases da vida, o desafio de ser mãe exige carinho, habilidade psicológica e, principalmente, paciência. Receber atos e gestos de amor que são mais valiosos do que qualquer bem material. Nos tempos atuais, em que a mulher tem que ser mãe, filha e mulher, ao mesmo tempo, a cumplicidade do filho é de suma importância. “Ser mãe me fez perceber que existem coisas que dinheiro algum é capaz de comprar. Você é um presente de Deus para nossas vidas. Te amo muito, Felipe! ”, disse Emanuelle.

O filho que homenageia emocionou a mãe nesta semana com uma apresentação musical produzida especialmente para a referência materna. Com coreografias e outros movimentos, a mãe – que assistiu a tudo de forma online devido às restrições sociais determinadas pela pandemia – se emocionou. “O esforço dele para me homenagear me emocionou”, disse a fisioterapeuta.

A homenagem foi sucedida por um único gesto que vale mil palavras. “Mamãe, eu te amo!”, disse Felipe à sua mãe.


Recomendações para quem quer ser mãe em especial na pandemia

  • Pré-natal deve ser mantido normalmente, tomando “os cuidados de higiene”;
  • Imprescindível a adequada lavagem das mãos antes e depois da amamentação ou da ordenha do leite materno
  • Caso a gestante apresente sintomas de “gripe”, neste caso, consultas e exames de rotina “devem ser adiados em 14 dias”
  • No caso das visitas à maternidade, a recomendação é que estes procedimentos sejam agendados individualmente
Fonte: Governo Federal

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