Estado Maior

Sem diálogo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Questões políticas impedem que Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), sentem para dialogar sobre ações conjuntas do Estado com o Município em prol da população, apesar de não poder se desconsiderar o brio de ambos como um dos fatores.
Mas, se for pela convenção, é o prefeito que costuma procurar o chefe do Poder Executivo Estadual. Basta resgatar imagens do início do mandato dos eleitos em 2022 que há encontros de vários gestores com o governador no Palácio dos Leões.
Fora a convenção, Eduardo Braide falou mais de uma vez, durante a campanha política, que se fosse eleito, procuraria Flávio Dino para buscar parcerias que ajudariam a população de São Luís, que seria a prioridade, caso ele chegasse ao Palácio de La Ravadière.
Mas, Braide não sinaliza essa vontade. Ele evita o encontro talvez porque precise primeiro ordenar como fará no campo político. O prefeito da capital sempre foi mais próximo do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), tendo aliados em comum com o tucano.
Mas, devido ao pleito de 2020, Brandão apoiou o deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos) e Braide aceitou o apoio do senador Weverton Rocha e de seu partido, o PDT.
Agora, ao que parece, Braide se vê pressionado pelos aliados pró-Brandão e pelo grupo do senador pedetista, que cobra uma fatura do segundo turno do pleito do ano passado.
O prefeito, por sinal, precisa de tempo para armar o tabuleiro e colocar suas peças em jogo da melhor forma que o favoreça, é claro!

Os porta-vozes
E depois da sugestão do vereador Paulo Victor (PCdoB) da necessidade de uma proximidade entre Braide e Dino, a conversa evoluiu.
Primeiro foi o secretário de Cidades, Márcio Jerry (PCdoB) que decidiu falar sobre a possibilidade de uma reunião entre os dois chefes do Executivo. Para Jerry, Braide deveria procurar Dino.
Em resposta, o secretário de Comunicação de São Luís, Joaquim Haickel, disse que o certo seria Dino procurar Braide, até porque o prefeito não recebeu uma ligação de Dino parabenizando-o pela vitória na capital.

Vaidade
A Prefeitura de São Luís e o Governo do Maranhão, além das questões políticas envolvendo os dois gestores principais, enfrentam a vaidade política.
Essa vaidade é bem exposta quando o assunto é vacinação. A gestão estadual querendo sempre mostrar serviço maior que a municipal.
Claro que neste aspecto (da vacinação) é mais duro para a Secretaria Estadual de Saúde “mostrar serviço”, porque o executor da aplicação das doses é o Município.

Raivoso
O vereador de São Luís, Marquinhos Silva (DEM), fez discurso raivoso contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele disse que o tribunal age politicamente e chegou a chamá-los de vagabundos. Além disso, Marquinhos comparou o ministro Gilmar Mendes a bandidos de penitenciária.
O que disse o vereador foi a forma que ele encontrou (bem característica, por sinal, de quem defende a gestão federal) para defender o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Seletivos
A Prefeitura de São José de Ribamar está fazendo a mesma seleção quanto à vacina de profissionais da educação que fez, na primeira semana, a Prefeitura de São Luís.
As doses destinadas aos educadores ribamarenses estão sendo aplicadas somente nos professores e demais profissionais da rede municipal de ensino.
Os profissionais da rede privada – que é de responsabilidade do Município – estão sendo deixados para depois pela Prefeitura de São José de Ribamar.

Vacina para todos
O sindicato da categoria dos educadores da rede privada já procurou a Prefeitura de Ribamar, que disse que a Secretaria estadual de Saúde (SES) não repassou as doses.
À coluna, o secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, disse que os lotes de vacina repassados não são especificados se é para rede municipal ou privada de ensino.
Segundo ele, pela Comissão de Intergestores Bipartite, os municípios recebem doses das vacinas para todos os profissionais da educação e não somente para aplicar na rede municipal.

DE OLHO

62 dias foi o tempo que a Assembleia Legislativa do Maranhão ficou com as atividades presenciais suspensas, em 2021, devido à pandemia da Covid-19.

Avançando
A reforma eleitoral - que inclui o distritão - já tem comissão especial de análise na Câmara dos Deputados.
A possibilidade de aprovação de mudanças como a do sistema proporcional para o distritão é um pesadelo para boa parte dos deputados da bancada maranhense.
Vale lembrar que o sistema distritão deixa a eleição para a Câmara dos Deputados majoritária, ou seja, será eleito o mais votado e não mais dentro do parâmetro do coeficiente eleitoral.

E MAIS

• A Assembleia Legislativa retornou ontem às sessões presenciais. Na verdade, elas são híbridas.

• Isto significa que os deputados têm o direito de escolher se querem participar da sessão por videoconferência ou se irão à Casa para a sessão.

• Na segunda-feira, 3, foram os vereadores de São Luís que voltaram às atividades presenciais.

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