O senador Weverton Rocha (PDT) falou ontem, em entrevista ao programa Ponto Final, da Mirante AM, sobre a disputa que vem travando, dentro do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB), com o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), pelo direito de ser o candidato da base dinista ao Governo do Maranhão em 2022.

O pedetista garantiu que não vê problemas na articulação do seu aliado, disse que nunca anunciou pré-candidatura - mas admite que trabalha por isso, em virtude de apelos do seu grupo de apoio - e ressaltou que não haverá imposição de nomes pelo governador.

“Nós vamos nos preparar, dialogar dentro do grupo, mas os caminhos nós temos: temos partidos, temos grupo, temos militância, temos muita força de vontade”, disse Weverton. Ele acrescentou, contudo, que não será candidato de qualquer jeito, e até admite abrir mão do projeto caso a decisão do grupo, baseada em pesquisas, principalmente, seja pelo nome de Brandão.

Transição

Para o senador, ele e Brandão, assim como vários outros nomes proeminentes na base de apoio ao governador, fizeram parte de um importante momento de transição no Maranhão, que agora chega ao fim.

“Nós tivemos um papel importante, todos nós. Do Brandão, ao Weverton, a todo mundo. Agora é um novo momento. Encerra-se uma transição no Maranhão. e se começa um novo momento. Nesse reembaralhamento de cartas e de jogo vai se ter novas opções, vai ter que se ter novos projetos, vai ter que se ter novas visões, programas, propostas”, ponderou.

Segundo ele, Flávio Dino não deve impor qualquer nome - apesar de, nos bastidores, já haver notícias de uma certa predileção do comunista pela candidatura do seu vice.

“O Flávio não vai impor. Fosse assim, o Edivaldo [Holanda Júnior] não teria sido reeleito. Ele [Dino] poderia ter um outro candidato, mas ele ouviu os partidos e o grupo”, disse.

Apoio

Apesar de não falar abertamente sobre o assunto, o governador Flávio Dino (PCdoB), tem dado sinais de que pode mesmo optar por Carlos Brandão (PSDB), seu vice-governador, para a eleição ao Governo do Estado em 2022.

Na semana passada, em entrevista veiculada pelo site "Poder 360", ele voltou a tratar do assunto.

Ao ser questionado se há chance de apoiar seu vice, por este ser do PSDB, Flávio abriu o jogo. “Tem uma alta chance, uma vez que ele é uma pessoa com a qual tenho relação política e pessoal muito antiga. Está conosco há 6 anos. Provavelmente me desincompatibilizo em abril do ano que vem e ele assume o governo”.

E conclui: “Sem dúvida, o Brandão é um ótimo nome e o fato de ele estar no PSDB fortalece o pleito dele. Eles me apoiaram em 2014, tenho um reconhecimento”.

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