Eleições 2022

"Objetivo da política é fazer transformações sociais"

Edivaldo Holanda Júnior, pré-candidato ao governo do Maranhão pelo PSD, garante que não há plano B para sua participação na disputa em 2022

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Edivaldo Holanda Júnior diz que não há outro plano para 2022 senão a sua candidatura ao governo do MA
Edivaldo Holanda Júnior diz que não há outro plano para 2022 senão a sua candidatura ao governo do MA (Edivaldo Júnior)

O Estado dá continuidade a série de entrevistas com os pré-candidatos ao governo do Maranhão em 2022. O quinto entrevistado é o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PSD), que garante que apesar de ter sido do grupo do governador Flávio Dino (PSB), sua candidatura é independente porque passa por uma projeto nacional de seu partido.

Edivaldo disse ainda que não há plano B seu para o pleito do próximo ano e que uma chapa majoritária sua somente deverá ser definida após os diálogos que vem mantendo com a classe política. Estes diálogos estão no início já que a pré-campanha do ex-prefeito, no interior do Maranhão, começou no início deste mês.

Já sobre a posição do PSD para a disputa pela Presidência da República, Edivaldo Júnior afirmou que seu palanque no Maranhão deverá ser ocupado pelo candidato próprio de seu partido, que já fez um convite para o atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.

Edivaldo Júnior garante que seu partido já trabalha na organização de uma chapa proporcional para a Assembleia Legislativa e também para a Câmara dos Deputados.

Já em relação à Federação Partidária, o ex-prefeito da capital maranhense garantiu que o PSD não trabalha com a possibilidade de se unir a outras siglas para as eleições do próximo ano.

A série de entrevista com os pré-candidatos ao governo do Maranhão feita por O Estado vai se encerrar com a entrevista do vice-governador do estado, Carlos Brandão (PSDB), na próxima quinta-feira (21).

O senhor entrou num projeto nacional de um partido bem diferente do campo político que o senhor estava quando se elegeu prefeito de São Luís duas vezes. O senhor acredita que a população pode estranhar esta mudança de posição partidária?

Não acredito que possa causar estranheza. O objetivo da política é poder ajudar e promover transformações sociais que melhorem a vida das pessoas, e foi com esta convicção que ingressei na vida pública. Em quase 20 anos de trajetória, seja como vereador, deputado federal ou prefeito, nunca me distanciei deste objetivo. A população que me acompanha sabe disto, que sempre trabalhei para atender os seus anseios, contribuindo para o desenvolvimento de São Luís e do Maranhão. No PSD não será diferente. O partido tem um projeto nacional e está lançando candidatura a governo em vários estados, buscando nomes não apenas que se destacam eleitoralmente, mas que tenham compromisso com o desenvolvimento econômico e social em suas regiões.

E esta diferença, Edivaldo, pode atrapalhar as suas articulações partidárias para 2022?

O diálogo é que faz a diferença. Política se faz com diálogo. E é conversando, como estamos fazendo, que vamos formar o leque de apoios em torno da nossa pré-candidatura. Temos sentado com lideranças em todo o estado, apresentando o nosso projeto para o Maranhão. Todos que tenham o mesmo propósito e que vão somar conosco serão bem-vindos.

Sobre as articulações políticas para o próximo ano, os movimentos atuais mostram poucos partidos que ainda estão livres para formar uma aliança. O PSD|, atualmente, dialoga com quais legendas no Maranhão?

Como disse, o PSD tem dialogado amplamente no sentido de construir uma ampla frente para a disputa majoritária de 2022. Embora existam tendências, preferências, os partidos dependem das definições nacionais para a concretização desse arco de alianças, o que deve ocorrer apenas no próximo ano.

O senhor iniciou sua pré-campanha no interior do Maranhão. Dos primeiros encontros, quais os resultados práticos obtidos?

A receptividade em todos os municípios que temos passado tem sido muito boa, e isso nos motiva ainda mais. Nas nossas visitas estamos não apenas apresentando o nosso nome como pré-candidato ao governo, mas sobretudo ouvindo as lideranças políticas, comunitárias, religiosas e escutando seus pleitos e necessidades para que possamos construir um plano de governo forte, baseado nas necessidades e potenciais de cada região. Tanto nos municípios da região Tocantina quanto no Baixo Parnaíba, por onde já passamos, temos recebido apoios de gestores, vereadores, movimentos sociais e demais lideranças. Além disso, estamos recebendo em São Luís, em nosso escritório e na sede do PSD, caravanas de políticos e lideranças das diversas regiões do nosso estado, que têm nos procurado espontaneamente e declarado apoio.

A federação partidária é uma realidade. O PSD já tem em pauta o debate de se unir em federação com alguma sigla?

Não existe essa tratativa até o momento.

As eleições proporcionais acontecerão sem coligação este ano. Como o PSD vem organizando a sua chapa para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados? Quantas vagas o partido pode conseguir em cada casa?

Estamos trabalhando na montagem de uma chapa forte para elegermos a maior bancada possível do nosso partido na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Já temos bons quadros filiados e a cada dia recebemos a adesão de novas lideranças, de todo o estado, que têm buscado o PSD e se integrado ao nosso projeto. Então, não tenho dúvida que sairemos com uma representatividade maior nas próximas eleições, em âmbito estadual e federal.

E falando em formação de chapa, já existe algum indicativo de nome para ser seu companheiro de chapa como vice?

Sempre que fui candidato ao Executivo, o vice foi definido em um momento bem posterior a esse que estamos vivendo. Essa escolha é uma consequência do resultado dos diálogos, articulações e composições com as demais agremiações e entidades envolvidas com nosso projeto de governar o Maranhão, tendo como compromisso promover uma gestão que gere desenvolvimento crescente e perene do Estado e que traga dignidade e qualidade de vida para as pessoas.

Já em relação à disputa pela Presidência da República, seu palanque terá qual candidato ao Palácio do Planalto?

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, já confirmou a decisão de lançar candidatura própria à presidência em 2022, uma terceira via. O partido já fez o convite ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para encabeçar a chapa.

Até junho de 2022, muitas articulações acontecerão. No seu projeto político para o próximo ano tem espaço para um plano B que não seja disputar o Governo do Maranhão?

A minha pré-candidatura está confirmada desde 4 de agosto, dia da minha filiação ao PSD, em Brasília. Recebi o convite para encabeçar esse projeto da direção nacional, do presidente Kassab, e da direção estadual, do deputado Edilázio, por conta dos resultados obtidos ao longo da minha atuação tanto no Legislativo como no Executivo. Portanto, sou pré-candidato a governador do Maranhão inserido nesse sólido projeto nacional do meu partido, que tem como objetivo não apenas se fortalecer eleitoralmente, mas contribuir com o desenvolvimento do país.

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