Estado Maior

Quebrou o silêncio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Depois de guardar silêncio e evitar exposição pública por quase uma semana, o ex-secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, decidiu se manifestar sobre a Operação Tempo Real, da Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência.

A operação investiga supostos desvios de recursos públicos destinados pela União para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 na compra de insumos.

Na ocasião da operação policial, o delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, Leandro Ribeiro, afirmou que o ex-secretário é quem liderava o esquema.

O ex-gestor público utilizou o seu perfil em rede social para rechaçar qualquer crime na pasta vinculado à sua figura. Ele também afirmou que somente um celular e um
computador foram apreendidos em sua residência durante a ação dos policiais.

Lula Fylho argumentou que na ocasião da compra das máscaras, a imprensa nacional destacava o aumento de mais de 3 mil por cento deste tipo de insumo no mercado nacional. Por isso, sustenta não ter havido o superfaturamento apontado nas investigações.

O ex-secretário também disse que confia no trabalho da Polícia Federal.

“Agradeci aos policiais que lá estavam pela maneira correta que trataram a mim e minha família. Acredito sim na instituição Polícia Federal, que vai conduzir com seriedade essa investigação e trazer a verdade a tona”, disse.

A Polícia Federal ainda não concluiu as investigações e não formalizou à Justiça nenhum pedido de prisão no bojo da Operação Tempo Real.

CPMI
O senador Roberto Rocha apresentou um requerimento no Senado da República de instalação de uma CPMI para apurar supostos desvios de recursos públicos da Saúde nos estados e municípios.

O objetivo é verificar se todos os recursos destinados pela União para o enfrentamento da Pandemia da Covid-19 foram aplicados de forma correta.

A proposta ocorre depois de o ministro do STF, Luís Barroso, ter determinado ao Senado a instalação de uma CPI que atinge o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Justiça e paz
A OAB-MA anunciou ontem ter chegado a um acordo com o Tribunal de Justiça para garantir maior celeridade no atendimento às demandas virtuais da advocacia maranhense.

O acordo ocorre depois de a própria OAB, por meio de sua Procuradoria Estadual de Defesa das Prerrogativas, ter ingressado com um procedimento junto ao CNJ.

O objetivo era poder obter o atendimento remoto no judiciário maranhense. O CNJ atendeu ao pedido dos advogados.

Fiscalização
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou proposta do deputado Hildo Rocha que determina a fiscalização das obras feitas na BR-135.

De acordo com o parlamentar, o trecho entre o Estreito dos Mosquitos até a cidade de Bacabeira consumiu aproximadamente R$ 500 milhões, mas a obra apresenta problemas.

O parlamentar argumenta que a má qualidade da obra “é uma forte evidência de que houve desperdício de recursos públicos”.

Agilidade
O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), destacou a agilidade da Casa na aprovação de novos pedidos de estado de calamidade pública em municípios.

No início desta semana, outras seis cidades tiveram os seus pedidos aprovados pela Casa. São elas: Colinas, Vargem Grande, Santa Helena, Apicum-Açu, Palmeirândia e Cedral.

“Aprovadas as solicitações, os gestores terão melhores condições para contratar serviços e comprar insumos para combater a pandemia em seus municípios e atender melhor às pessoas”, disse.

UTI
O Maranhão já manifestou ao STF o pedido para que a União mantenha o custeio (habilitação) de leitos de UTI para tratamento da Covid-19 até o fim do ano.

Na semana passada, em audiência do STF junto ao Ministério da Saúde, à AGU, à PGR e outras unidades da federação, o estado apresentou o cenário local de combate à doença.

E pediu ao Ministério da Saúde o aprimoramento da portaria que trata do custeio dos leitos de UTI, com a fixação de prazo máximo
para análise de pedidos de habilitação.

DE OLHO

R$ 262 MILHÕES É O VALOR que o Governo do Estado sustenta ter “desembolsado” para adiantar o 13º salário dos servidores estaduais

Eleições
O prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Rodrigues, afirmou que sua pré-candidatura ao Governo do Estado se deve ao atual desempenho do governador Flávio Dino (PCdoB).

Ele afirma que o seu adversário político não correspondeu ao que ele esperava de resultados na administração pública, o que o fez “ter a certeza” de que pode fazer melhor.

Rodrigues chegou a apoiar Dino em sua campanha de primeiro mandato.

E MAIS

• O Governo do Estado e alguns prefeitos do Maranhão seguem em busca de possibilidade viável para a importação de vacinas contra a Covid-19.

• Gestores públicos cogitam a hipótese de adotar o trabalho remoto em definitivo, mesmo após o fim da pandemia.

• Depois de mais de um ano de enfrentamento ao coronavírus, ainda não há previsão de retorno das aulas presenciais nas escolas públicas
do estado.

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