São Luís - Identidades comunitárias do Maranhão foram o foco da produção de 10 curtas-metragens de realizadores com idades entre 13 e 19 anos que falaram sobre suas realidades locais. As obras, que integram o projeto Cultura na Praça, estão disponíveis na página https://www.culturanapraca.art.br/.
A iniciativa, que ocorreu de novembro de 2020 a março de 2021, promoveu oficinas de capacitação e criação audiovisual para 70 jovens do interior do Maranhão. Realizado pelo Viva Cultura e Esporte, Ministério do Turismo e Secretaria Especial da Cultura, o projeto tem patrocínio da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio do Centro Cultural Tatajuba.
Na última semana, a entrega de kits para as escolas dos sete municípios das dez comunidades atendidas, e para os jovens participantes da etapa de 2020, encerrou o projeto.
O kit é composto por um pen drive contendo todos os filmes produzidos (com recursos de acessibilidade), as imagens das atividades realizadas nas etapas iniciais e uma camiseta alusiva às produções cinematográficas, entre outros itens.
Os 60 jovens cineastas e 10 monitores foram selecionados nas comunidades de Vila União (em Buriticupu); Serra (em Tufilândia), Vila Varig (em Bom Jardim); Olho D'água (em Pindaré Mirim); Barradiço (em Santa Inês); Riachão, Puraqueú e São Vicente (em Igarapé do Meio); e Pimental e Bubasa (em Arari).
"A realização do Cultura na Praça exigiu uma adequação frente ao cenário da pandemia", lembra Christiana Saldanha, Gerente do Instituto Cultural Vale. "O projeto mostrou a importância de apostar no potencial criativo da juventude e o poder transformador da cultura.", completa.
Mulheres
Um dos destaques foi a presença das mulheres, que somaram 72% dos participantes e 50% dos monitores. Pelo menos três dos 10 filmes produzidos contaram histórias sobre o imaginário, as dificuldades e os sonhos das mulheres quebradeiras de coco. Os documentários também debateram questões ambientais, histórias antigas do cotidiano das comunidades e de personagens locais, e a preservação da cultura do Babaçu na região.
Para o cineasta e professor do projeto Cris Azzi, os participantes souberam utilizar a arte como ferramenta de transformação. "Encontramos, neste ano tão difícil, jovens dispostos a aprender, mas principalmente a descobrir. Eles utilizaram os conhecimentos e recursos do universo do cinema para mostrarem ao mundo seus costumes e seus sonhos, numa incrível jornada de descoberta. O projeto permite isso, desvendar múltiplas dimensões, como cultura, ética, cidadania e coletividade", explicou. l
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