Remédio

Faltam medicamentos na Feme e tratamento de pacientes é prejudicado

Farmácia fornece medicamentos especializados para tratamento de enfermidades de baixa prevalência, mas recebe remédios da União

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Movimentação de pessoas é grande no prédio da Farmácia de Medicamentos Especializados (Feme)
Movimentação de pessoas é grande no prédio da Farmácia de Medicamentos Especializados (Feme) (Feme)

São Luís - A falta de medicamentos utilizados no combate de dores na cabeça, artrite, osteoporose e reumatismo na Farmácia de Medicamentos Especializados (Feme), localizada na Praia Grande, está prejudicando o tratamento dos pacientes acometidos por essas enfermidades. A Feme é um serviço do governo estadual, sendo uma farmácia de dispensação de medicamentos especializados para tratamento de doenças de baixa prevalência, com medicamentos de alto custo, que atende a todo o estado.

A idosa Izaura Teixeira, de 71 anos, reside no bairro Divineia e recentemente ficou sabendo que tem osteopenia. Por causa da doença, ela sente fortes dores nos ossos, principalmente nas pernas e nos braços, e precisa tomar, pelo menos, um comprimido de Alendronato de Sódio, por dia.

Izaura Teixeira esteve na manhã desta quarta-feira, 7, na Feme, mas não recebeu seu remédio. “Cheguei na recepção da farmácia e mostrei a receita. O servidor disse que há alguns meses esse medicamento está em falta e existe a possibilidade de eu receber de forma gratuita em um posto de saúde”, contou a idosa.

Ismael da Paz, de 38 anos, há três semanas está indo à Feme para receber as caixas de Cabergolina, para a sua mãe, Maria da Paz Nascimento, de 56 anos, mas até o momento não conseguiu. “A minha mãe precisa tomar esse remédio de forma diária e quando não toma sente fortes dores na cabeça. Há vários dias que ela está sem usar esse medicamento e a caixa dele custa caro”, disse.

Sem previsão
A paciente Vitória Garcês, de 65 anos, também está sendo prejudicada com a falta de medicamento na Feme. Ela deveria tomar, quinzenalmente, uma dose injetável de Humira AC (adalimumabe), para artrite reumatoide. Porém, desde o dia 11 de março deste ano não tem acesso ao medicamento. “Eu ligo para lá desde esse dia e sempre me informam que o medicamento está em falta, e sem previsão para voltar a ter no estoque”, afirmou a paciente, que ligou para a Feme na manhã desta quarta, 7.

A substância Humira AC (adalimumabe) é indicada para reduzir os sinais e sintomas, induzir uma resposta clínica e remissão clínica maior, inibir a progressão dos danos estruturais e melhorar a capacidade física em pacientes adultos com artrite reumatoide ativa de intensidade moderada a grave, que apresentaram resposta inadequada a uma ou mais drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença.

Samira Almeida, de 25 anos, mora na cidade de Presidente Juscelino e uma vez por mês vem à Feme para pegar as caixas de Alenia, que é indicado para o tratamento de asma. “Nunca deu problema no remédio que eu recebo, mas já olhei vários pacientes de osteoporose indignados por não terem o seu medicamento”, comentou.

Nota da SES
Em nota, a A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que os medicamentos Humira e Cabergolina são de aquisição e distribuição do Ministério da Saúde. Segundo o governo federal, a previsão é que o Maranhão recebesse o novo lote de Cabergolina até o dia 22 de março (o que não aconteceu, já que os pacientes não tem recebido) e Humira até o fim de junho.

Quanto ao Alendronato, a SES informou que o município de São Luís é responsável pela compra e distribuição do medicamento.

SAIBA MAIS

Feme - para a dispensação dos medicamentos especializados são utilizados alguns critérios como diagnóstico, esquemas terapêuticos, monitorização e demais parâmetros, contidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, estabelecidas pela Secretaria e Assistência à Saúde (SAS), do Ministério da Saúde.

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