O Instituto Serum, da Índia, deve atrasar novos envios da vacina de Orford/AstraZeneca contra o novo coronavírus para o Brasil. O país espera receber da Índia até os próximos meses mais de oito milhões de doses desse imunizante. Segundo o Ministério da Saúde, até o último sábado, 20, 11.722.280 pessoas já tinham tomado a primeira dose contra a Covid-19, enquanto, no Maranhão, um total de 264.085.
Segundo o jornal O Globo, o Instituto Serum deveria atrasar os novos envios da Oxford/AstraZeneca devido ao aumento da demanda nacional e as entregas também serão afetadas para Arábia Saudita e Marrocos. Ainda informou que o Serum está trabalhando para expandir sua produção mensal para 100 milhões de doses até abril ou maio deste ano.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que tem acordo com o laboratório indiano, informou no último dia 16, que o Serum vai mandar em abril um cronograma sobre o envio das doses da vacina.
Ainda de acordo com a Fiocruz, o instituto explicou que a Índia enfrenta a pressão da opinião pública interna para priorizar a vacinação local. E que o laboratório também enfrenta problemas após um incêndio que dificultou o escalonamento da produção e o atendimento da crescente demanda mundial pela vacina.
Atraso
A notícia do atraso chega no momento em que a Índia, que é a maior fabricante mundial de vacinas, está sendo criticada internamente por doar ou vender mais doses do que as inoculações feitas em casa, apesar de relatar o maior número de infecções por coronavírus depois dos Estados Unidos e do Brasil.
A Índia registra atualmente uma nova onda de aumento de casos da doença, levando o total para cerca de 11,6 milhões. Os atrasos mais recentes vieram à tona dias depois que a Grã-Bretanha informou que teria que desacelerar a vacinação contra a Covid-19 no mês que vem, já que o Serum provavelmente entregaria as doses mais tarde do que o esperado.
O instituto forneceu metade dos 10 milhões de doses recentemente encomendadas pela Grã-Bretanha. A Arábia Saudita já recebeu 3 milhões de doses e Marrocos 7 milhões, segundo o Ministério de Relações Exteriores da Índia.
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