Hoje é dia de...

Inclusão: Dicas para a quarentena de crianças com Síndrome de Down

Hoje, 21, é evidenciado o dia da síndrome, psicólogo educacional dá dicas para os pais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Crianças com síndrome de down precisam de um acompanhamento multidisciplinar mesmo no isolamento social
Crianças com síndrome de down precisam de um acompanhamento multidisciplinar mesmo no isolamento social (down)

São Paulo - Desde 1961, a OMS reconhece como síndrome de down a combinação genética que faz uma pessoa ter 47 cromossomos, ou seja, não é uma doença. É uma condição permanente que não pode ser modificada. No Brasil, segundo dados do IBGE, censo 2010, estima-se que ocorra um caso em cada 700 nascimentos, o que significa que nascem 8 mil bebês com Síndrome de Down por ano. A estimativa é de que vivem no país 300 mil pessoas que nasceram com a síndrome..

Em meio à pandemia trazida pelo Covid-19, as famílias e as rotinas foram drasticamente modificadas trazendo prejuízos cognitivos principalmente às crianças. No quesito sócio emocional e educacional. Segundo a cartilha "Crianças na Pandemia Covid-19", publicada pela Fiocruz de Brasília, o isolamento pode causar reações emocionais e alterações comportamentais. A cartilha ainda destaca que para as crianças com necessidades especiais, como autistas ou crianças com síndrome de Down, a repercussão pode ser física: desde a desorganização sensorial e psicológica, até perdas motoras.

"As crianças com síndrome de down apresentam um desenvolvimento mais lento, principalmente no aprendizado e na capacidade de reter memórias de curto prazo. Elas ainda têm dificuldades motoras e de fala. O aprendizado neste momento deve buscar na criança algo que ela se identifique. Seja aprender uma língua, tocar um instrumento, pintar, principalmente por meios lúdicos", destaca o psicólogo educacional Augusto Jimenez.

Em entrevista a um portal de TV, a psicopedagoga especialista em Síndrome de Down, Ivone Scatolin destaca que para qualquer recurso pedagógico que seja aplicado a estas crianças é fundamental, neste momento, a participação da escola, família e a tecnologia. "Essas novas tecnologias favorecem e contribuem no desenvolvimento das pessoas com necessidades especiais por permitirem o acesso ao conhecimento, ampliarem as habilidades funcionais e promoverem autonomia e inclusão", explica.

Augusto Jimenez, diretor nacional do Centro de Formação Minds Idiomas, destaca que a rede de idiomas já possuía em sua metodologia a preocupação de incluir as crianças com algum tipo de dificuldade de aprendizagem. "Mesmo agora com o isolamento social e as aulas on-line, nós buscamos junto aos professores do kids and teens, metodologias mais atentas e queiram saber mais sobre a vida dessas crianças e adolescentes. Que além da aprendizagem de um novo idioma, seja um trabalho em conjunto com as particularidades de cada criança ou adolescente para o auxilio do desenvolvimento"

Neste sentido, o psicólogo educacional Augusto Jimenez deu algumas dicas para pais e professores, de crianças. Sejam elas com Down ou não. Afinal todas elas estão passando por um processo muito intenso em suas vivências.

Como ajudar as crianças?

  • Explique de forma sincera e clara o que está acontecendo;
  • Mantenha o diálogo aberto e a acolhida aos sentimentos das crianças;
  • Planeje o dia a dia tentando ao máximo manter a rotina familiar;
  • Aproveite o tempo com seu filho/aluno para estreitar vínculos e tente proporcionar experiências positivas;
  • Busque sempre auxiliar o trabalho dos profissionais de educação e saúde que acompanham as crianças. Monte uma força tarefa.
  • Paciência! É estressante para nós o isolamento, imagine para as crianças.
  • Busque entender que seu filho/filha precisa do tempo dele para absorver as informações. A cobrança tem que ser dosada e de uma forma leve.
  • Utilize ferramentas para que a criança consiga se desenvolver mesmo no isolamento. Aprender um instrumento, uma nova língua, cantar, pintar, qualquer coisa que seja diferente e desperte o interesse da criança.

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