Fechamento

Restaurantes e bares fechados geram prejuízos para empresários

Na Região Metropolitana de São Luís, há mais de 400 estabelecimentos do setor de gastronomia que estarão fechados por sete dias, por determinação do Governo Estadual para prevenir a transmissão do novo coronavírus

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Nesta segunda-feira, bares e restaurantes se mantiveram fechados
Nesta segunda-feira, bares e restaurantes se mantiveram fechados (bar fechado)

São Luís - Os empresários do setor de gastronomia da Ilha reclamam que terão prejuízos devido ao fechamento de seus estabelecimentos comerciais - de ontem, 15, até o próximo domingo, 21. No período, a comercialização de alimentos será feita apenas no sistema delivery. Na Grande Ilha, há mais de 400 bares e restaurantes que empregam mais de cinco mil pessoas. O governador Flávio Dino, no último dia 12, anunciou o fechamento desses pontos comerciais por sete dias como uma das medidas para conter a proliferação da Covid-19, que já resultou em 5.483 óbitos no estado.

Com isso, restaurantes e os bares amanheceram ontem de portas fechadas. Apenas uma parte dos funcionários, que trabalha diretamente no setor da cozinha e de caixa, compareceram ao trabalho. Mesas e cadeiras ficaram vazias, sobretudo no horário do almoço, quando o movimento de clientes costuma ser intenso.

Francisco Neto, proprietário de dois restaurantes na capital, ressaltou o prejuízo no decorrer dos próximos dias. Durante este período, o seu estabelecimento da Praia Grande vai ficar fechado, enquanto o outro, na Avenida Litorânea, funcionará em delivery. “O lucro vai cair bastante e as contas devem ser pagas em dia, inclusive o salário de funcionários e o pagamento dos fornecedores”, frisou o empresário.

Ele também disse que no ano passado, quando houve o fechamento dos bares e restaurantes, por meio de decreto estadual, teve de tomar uma série de medidas. Uma delas foi a redução do quadro dos funcionários. “É de suma importância a preservação da vida, mas quando há o fechamento de um determinado estabelecimento comercial, resulta em prejuízo financeiro para o empresário. Também vale ressaltar que os bares e os restaurantes abertos de uma certa forma não geram grande aglomeração de pessoas”, comentou o Francisco Neto.

O gerente de um restaurante, na Ponta do Farol, que não quis se identificar, disse que a direção do estabelecimento acolheu a ordem e o serviço, durante os próximos dias será apenas no sistema delivery, e os garçons tiveram folga. “O sistema delivery acaba resultando em baixo lucro e prejuízo”, declarou o funcionário.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Seccional do Maranhão (Abrasel-MA), Gustavo Araújo, disse que os empresários entendem que o setor de gastronomia é uma atividade essencial, responsável em empregar mais de cinco mil pessoas, somente na região metropolitana. “Bares e restaurantes não são foco de disseminadores do coronavírus. A classe empresarial é de acordo com uma fiscalização rígida, para que possa punir aqueles estabelecimentos que não estão cumpridos as normas sanitárias impostas pelo governo estadual”, frisou Gustavo Araújo.

SAIBA MAIS

Auxílio

De acordo com o governo estadual, as inscrições para o auxílio emergencial para bares e restaurantes da Ilha, que vão ficar fechados no decorrer da vigência das novas medidas restritivas de combater ao novo coronavírus, começaram na segunda-feira, 15, e podem ser feitas pelo site da Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (Seinc).

O auxílio é no valor de R$ 1 mil e o pagamento, em taxa única, ocorre na próxima sexta-feira, 19. Podem participar os micro, pequenos ou empresários, que possuírem em sua atividade principal a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) de restaurantes, bares e lanchonetes. Além disso, precisam possuir, até 12 de março, inscrição ativa na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e estar instalados na Grande Ilha (São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar).

Fechamento

No ano passado, os restaurantes e bares da Ilha ficaram mais de três meses de portas fechadas (de 21 de março até o dia 26 de junho) em cumprimento ao Decreto Estadual nº 35.981 para conter a proliferação da Covid. Esta medida acabou atingindo mais de 15 mil pessoas e cerca de 2.500 profissionais foram afastados de seus postos de serviço.

Quando esses estabelecimentos voltaram a funcionar, tiveram que adotar uma série de normas sanitárias. Uma delas foi o processo de higienização, uso do álcool em gel, máscara facial, acesso de clientes controlado, distanciamento entre os clientes, circulação interna sinalizada, proibição de disponibilização de alimentos para degustação, distribuição de saquinho para os clientes acondicionarem sua máscara durante a refeição e outros.

Medidas sanitárias

  • Fechamento de bares e restaurantes entre os dias 15 a 21 de março;
  • Igrejas podem funcionar com o limite máximo de 30% da capacidade;
  • Comércio continua funcionando entre às 9h às 21h;
  • Festas, eventos e aulas presenciais continuam suspensas;
  • Serviço público estadual continua sem atividade presencial, exceto para serviços essenciais.

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