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Mulheres ganham menos que homens em todos os cargos de liderança

Em todas as funções e níveis, a diferença chega a 34%; além de salários inferiores, as mulheres ainda se deparam com obstáculos em algumas áreas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
(Dados da pesquisa Catho)

São Paulo - Em 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Nesta data, inúmeras discussões e reflexões são trazidas à tona, todas graves e urgentes: machismo, feminicídio, misoginia, ações que levam a inúmeras desvantagens para a mulher em relação ao homem. Uma dessas consequências, com certeza, é a falta de equidade quando o assunto é profissão e remuneração. Segundo pesquisa salarial realizada pela Catho, em fevereiro, mesmo ocupando os mesmos cargos e com as mesmas funções, as mulheres chegam a ganhar até 34% menos que eles.

Em relação aos cargos de liderança, em todos os níveis as mulheres ganham menos que os homens. Em funções como gerente e diretor, elas chegam a ganhar 24% menos que os homens, por exemplo.

Porém, o gênero feminino enfrenta outros obstáculos no mercado de trabalho, além da diferença salarial. Algumas áreas ainda são hostis à presença de mulheres. É o caso do segmento de tecnologia que, embora mesmo durante a pandemia manteve as contratações em ritmo acelerado, tem dificuldade em inserir as mulheres no setor, e menos ainda em cargos de liderança.

Segundo a pesquisa, somente 19% da área de tecnologia é composta por mulheres e, em média, elas ganham 11% menos que os homens. Em alguns cargos como engenheiros de sistemas operacionais em computação e gerente de desenvolvimento de sistemas, as mulheres chegam a ganhar, respectivamente, 33% e 18% menos que os homens. As mesmas funções são ocupadas por 15% e 19% de mulheres, apenas.

"A tecnologia pauta o nosso futuro. É ela quem dita como vamos viver, evoluir, nos locomover e nos relacionar. E apesar de sermos mais da metade da sociedade brasileira, somos apenas 19% em cargos na área de tecnologia. Nosso futuro está sendo escrito pela metade", enfatiza a diretora de Operações da Catho, Regina Botter.

Essa Cadeira é Minha

Frente a este cenário, o movimento idealizado pela Catho, Essa Cadeira é Minha , que completa o primeiro aniversário e tem o objetivo de estimular mulheres em cargos de liderança, e promover o diálogo com toda a sociedade, tem um novo momento o Essa Cadeira é Minha Tech.

E em comemoração a esse primeiro aniversário, neste ano, o movimento Essa Cadeira é Minha tem como foco a inserção de mulheres em tecnologia. Como uma das atividades propostas pelo movimento, em uma ação conjunta com o coletivo UX Minas Pretas, que promove a equidade de mulheres negras no mercado de tecnologia com foco em UX, e a WoMakersCode, comunidade global, criada no Brasil, com a missão de impulsionar o protagonismo feminino na TI, através de capacitação, mentoria e empregabilidade, a Catho fará a distribuição de 1,5 mil vouchers de gratuidade na plataforma da empresa para busca de vagas e envio ilimitado de currículos.

"Nosso objetivo é apoiar as mulheres nos próximos passos da carreira delas e reprogramar esses números do segmento, de modo que ele fique mais balanceado e igualitário", finaliza Regina Botter.

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