Em São Luís

Com alta do diesel, SET quer reajuste tarifário no sistema de transporte

Sindicato das Empresas diz que existe necessidade de realinhamento tarifário, que deveria ter ocorrido em setembro do ano passado; entidade justifica ainda os custos com a reposição salarial dos rodoviários, cuja data-base é 1° de maio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
SET diz que tarifas do sistema de transporte urbano de São Luís estão defasadas
SET diz que tarifas do sistema de transporte urbano de São Luís estão defasadas (Reajuste de tarifas de ônibus)

SÃO LUÍS - Os sucessivos reajustes de preços do óleo diesel aplicados pela Petrobras vêm exercendo forte pressão sobre as tarifas do transporte público de São Luís, que atualmente são de R$ 3,20 e R$ 3,70. É o que revela o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís ( SET) considerando outros dois fatores oneram o sistema: a ampliação de uma para duas horas do tempo concedido para uso do Bilhete Único e os custos com a reposição salarial da categoria dos rodoviários, cuja data-base é sempre o dia 1° de maio. Diante desse cenário, o realinhamento tarifário, que deveria ter sido concedido em setembro de 2020, torna-se inevitável, de acordo com o SET.

No ano passado, o sindicato chegou a oficializar um pedido de reposição de R$ 0,30 (trinta centavos) do preço da passagem de ônibus, o que resultaria na elevação para R$ 4,00 (quatro reais) da tarifa mais alta – a mais baixa custa R$ 3,20 (três reais e vinte centavos).
Acontece que passados quase cinco meses desde a solicitação do SET e pouco menos de dois meses da posse de Eduardo Braide como prefeito de São Luís, alguns fatos novos, segundo o sindicato, "tornam não só inevitável e urgente o realinhamento tarifário, como impõem a necessidade de recálculo do percentual de reajuste da passagem inicialmente apresentado", tendo em vista a alta do preço do óleo diesel, combustível que abastece a frota de coletivos da capital e de toda a região metropolitana.

Defasagem

Ainda de acordo com o SET, como o valor do insumo disparou nas bombas, após sucessivos aumentos implementados pela Petrobras nas refinarias, as empresas e consórcios que detêm as concessões das linhas de transporte público da Ilha de São Luís viram seus ganhos ficarem ainda mais defasados, com risco iminente de queda brusca da qualidade dos serviços.

Outro fator que torna inevitável a readequação da tarifa é a ampliação de uma para duas horas do Bilhete Único, benefício instituído pela gestão passada que permite aos usuários de ônibus se locomoverem para diferentes destinos por determinado período pagando uma só passagem. A duplicação do tempo para uso do Bilhete Único, concedida no apagar das luzes da administração de Edivaldo Holanda Júnior, também impactou o sistema.

Data-base dos rodoviários

O sindicato diz que está se aproximando a data-base dos rodoviários, o que obriga as empresas a repor, pelo menos, as perdas inflacionárias sofridas pela categoria em seus salários no último ano. "Este, certamente, é mais um fator a pressionar o preço da tarifa de ônibus de São Luís, que, por sinal, é a mais baixa dentre todas as capitais brasileiras", assinala o SET.

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Caso semelhante
Em meio ao impasse, o SET cita que várias cidades já paralisaram o serviço de transporte público, a exemplo de Teresina ( PI). Na capital piauiense não há, até agora, perspectiva de retorno da circulação dos ônibus, já que a prefeitura local deve mais de R$ 10 milhões em subsídios às empresas do setor.

Ao finalizar o Sindicato das Empresas diz que " cabe ao prefeito Braide buscar o melhor para a população, o que inclui, além de uma.passagem de ônibus justa e acessível, atuar para garantir o direito pleno e legítimo à mobilidade, proporcionando ao serviço meios para subsistir e livrando-o da ameaça de um colapso".

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