Criminalidade

15 pessoas mortas ao longo dos primeiros 13 dias deste ano na Ilha

Somente na quarta-feira, 13, foram registrados dois assassinatos e um dos casos ocorreu na fila de uma agência bancária, na Cohab; outro homicídio, aconteceu na Cidade Olímpica

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Vítima foi alvejada com tiro na cabeça quando estava em fila de banco
Vítima foi alvejada com tiro na cabeça quando estava em fila de banco (morto na fila)

São Luís - Quinze pessoas já foram mortas neste mês de janeiro, na Grande Ilha, mais de 95% dos casos provocados por arma de fogo. Somente na manhã da última quarta-feira, 13, ocorreram dois assassinatos, de acordo com a polícia, cometidos por faccionados. Uma das vítimas era ex-presidiário e foi identificado como Railson Vieira Teixeira, de 22 anos.

A polícia informou que a vítima tinha deixado a unidade prisional na primeira semana deste mês, faria parte de um grupo criminoso e suspeito de ter participado do assassinato de uma mulher, no Residencial Albino Soeiro, zona rural de São Luís, ocorrido no mês de outubro do ano passado.

Na manhã de ontem, Railson Vieira foi executado com tiros na cabeça, quando estava na fila de uma agência bancária, localizada na Cohab. No momento da ação criminosa, muitas pessoas correram e ficaram em pânico, com receio também serem alvejadas. O suspeito fugiu com a arma em punho.

Guarnições da Polícia Militar foram acionados e isolaram a área, até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) e da equipe da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), que está investigando o caso. Ontem, testemunhas foram ouvidas e apreendidas imagens do local com o objetivo de identificar o autor dos disparos.

Aplicativo
Há informações de que, antes do assassinato, estava sendo compartilhado um áudio em grupos de WhatsApp, no qual um suposto integrante de uma facção criminosa dizia que o homem estava “boiando” na fila de uma lotérica, localizada na Cohab.

O áudio ainda dizia que caso tivesse algum irmão nesse bairro, deveria realizar o ato criminoso. “Se meus irmãos tiver algum contato da Cohab, bora mandar escorar esse maluco. Alemãozão esse bicho aí. Ele fechava com o bonde. Matou até uma nega aí. Essa é que é a hora”, disse o suposto faccionado.

Lei do silêncio
A polícia informou que na Cidade Olímpica reina a “Lei do Silêncio” e ontem ocorreu um assassinato naquela área, mas nenhum morador quis falar sobre o assunto, com receio de sofrer algum tipo de penalidade de faccionados.

Ainda segundo a polícia, um homem, que supostamente participa de uma facção criminosa e autor de roubos nesse bairro, foi morto na Rua 8. Ele foi alvejado na cabeça, nádegas e nos braços e morreu no local.

O crime teria sido cometido por faccionados rivais, que fugiram em uma motocicleta, e a Polícia Civil está investigando o caso.

Cronologia das mortes violentas neste mês na Ilha

Dia 1: mulher morta, na Cidade Olímpica
Dia 2: Matheus Santana Barbosa Santos, de 21 anos, no Cohaserma; Danilo Godois Brito, de 24 anos, no Parque Vitória
Dia 4: Vanuza Sousa Gomes, de 21 anos, na Vila Valian
Dia 7: André Felipe da Silva Pereira, de 19 anos, na Santa Clara; um adolescente, de 16 anos, na Vila Janaína
Dia 8: Deusa Maria dos Santos da Silva, de 32 anos, Vila Talita
Dia 9: Gilson Sousa Pinto, de 39 anos, Vila dos Frades; Ícaro Guilherme de Sousa Lima, de 20 anos, na Cidade Operária
Dia 10: Hugo Gomes da Silva, de 37 anos, no Jardim São Cristóvão;
Dia 11: Lucas Costa de Jesus, de 22 anos, no Conjunto São Raimundo; Josimar de Jesus Mendes, de 34 anos, Bairro de Fátima
Dia 12: Israel dos Santos Pereira, de 28 anos, na Vila Santa Teresinha, em São José de Ribamar
Dia 13: Railson Vieira Teixeira, de 22 anos, na Cohab; morte de um homem, na Cidade Olímpica

SAIBA MAIS

O Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão (Coren) solicitou, nesta quarta-feira, 13, ao Ministério Público do Maranhão, a apuração de um suposto caso de estupro que teria sido cometido pelo médico e policial militar Allan Xavier Dias contra uma profissional de enfermagem no Hospital Genésio Rêgo, em São Luís. Segundo o documento, após ser vítima da violência sexual, na madrugada do último domingo, 10, a técnica de enfermagem denunciou o fato à Delegacia Especial da Mulher. Após a conclusão do inquérito policial, os autos devem ser encaminhados para o Ministério Público do Maranhão.

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