Estado Maior

Um erro não justifica o outro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

Um erro não pode justificar o outro. O fato do governo estadual (atuando numa omissão da Justiça Eleitoral) não ter feito qualquer tipo de fiscalização durante a
última campanha eleitoral, não se pode considerar que não possa fiscalizar, vedar e evitar mais aglomerações em festas de Réivellon em 2020.

Os números de casos da Covid-19 continuam crescendo no Brasil e no mundo. No Maranhão ainda há possibilidade de a chamada segunda onda chegar mesmo diante dos números favoráveis de estabilização.

E é diante desta real possibilidade de uma nova onda da Covid-19, os órgãos de controle e o governo estadual decidiram agir e fiscalizar para que as festas
privadas não ultrapassem os termos das normas de vigilância sanitária.

Quem contesta quase sempre questiona: “e a campanha eleitoral?”. A pergunta é válida, mas em nada anula a decisão do Ministério Público e a ação - mesmo que velada do governo estadual - de coibir a aglomeração de pessoas durante a passagem de 2020 para 2021.

E como não há um argumento que barre o conhecido “um erro não justifica o outro”. O seja, não adianta criticar em relação ao espaço dado sem fiscalização dos órgãos responsáveis nas eleições municipais sem os critérios sanitários necessários e agora se indignar por ter tal fiscalização nas festas de fim de ano.

Atuação
As críticas, na verdade, devem ser quanto a postura do Ministério Público de somente agir nas festas de fim de ano.

Não há como questionar por onde andavam os membros do órgão durante as visíveis aglomerações em meio às campanhas eleitorais.

Eram caminhadas, passeadas, carreadas e comícios que reuniam centenas de pessoas, que em nada se preocupavam com as determinações sanitárias.

Os contaminados
Do saldo em relação à desobediência às normais sanitária na disputa do pleito eleitoral em São Luís, por exemplo, foram três candidatos a prefeito da capital contaminados pelo novo coronavírus.

O primeiro foi o ex-juiz Carlos Madeira (SD), que por consequências da doença, desistiu de se manter na disputa.

Depois viram Rubens Júnior (PCdoB) e Duarte Júnior (Republicanos).

Destes três, somente o Madeira abriu mão de continuar na disputa.

Com ou sem segurança
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se mantém firme no objetivo de se destacar nacionalmente no campo da esquerda para as eleições de 2022.

Ele entrou com ação contra o presidente da República, ainda em outubro, pelo presidente ter decidido suspender agendas no estado após negativa da Polícia Militar em garantir a segurança presidencial.

Em manifestação ao STF (respondendo a ação do próprio Dino), Bolsonaro disse ter enviado três ofícios ao governo maranhense para liberação da segurança. Nunca foi atendido.

Votação
A Câmara Municipal de São Luís votará hoje a proposta de Lei Orçamentária Anual para 2021.

Em sessão extraordinária (convocada porque relatório da Comissão de Orçamento da Casa ainda não estava pronto), vereadores vão confirmar os recursos previstos para 2021 em cerca de R$ 3,5 bilhões.

Pelos movimentos da Câmara, os vereadores não apresentam resistência mesmo após várias emendas ao texto original terem sido apresentadas.

Sem democracia
Após cerca de 10 anos, a sucessão municipal em São Luís, em 2021, voltará a ter uma passagem de faixa pelo comando do Palácio do La Ravardiére.

Em 2009, por exemplo, quando João Castelo assumiu a prefeitura de São Luís ele não aceitou que a faixa fosse passada pelo então prefeito Tadeu Palácio.

Já em 2013, Castelo esteve em lado oposto a 2009 e decidiu não entregar a faixa de prefeito ao eleito para o cargo Edivaldo Júnior (PDT).

DE OLHO

9 secretários do primeiro escalão do prefeito Eduardo Braide (Podemos) foram anunciados. Ainda faltam mais de 10 a serem anunciados em três dias.

Com democracia
A passagem de faixa, em 2017, não foi preciso por que Edivaldo Júnior já estava reeleito prefeito de São Luís.

Mas, em 2021, dia 1º de janeiro, a capital maranhense voltará a cumprir a tradição da boa democracia.

Edivaldo Júnior estará na Assembleia Legislativa para entregar a Eduardo Braide a faixa de prefeito da capital.

E MAIS

• Há quem duvide que Eduardo Braide esteja enfrentando um problema real em relação a sua equipe de governo.

• Por enquanto, Braide conseguiu anunciar 9 de seus quase 30 membros do primeiro escalão até o último fim se semana.

• Há quase 20 outros partidos a serem confirmados em sua equipe de governo.

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