Readaptar

Resiliência e resistência às adversidades no ano da pandemia

Não somente as pessoas, mas as empresas tiveram de se reinventar, buscar formas de atrair público e vender, e isso foi um exercício

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

[e-s001]São Luís - Do ponto de vista da psicologia, o advento da pandemia veio marcado por uma série de necessidades de ajustes imediatos ao inusitado e quem melhor se adaptou foram aquelas pessoas com características de personalidade adquiridas a partir de suas experiências de vida, ou seja, que definiram a resiliência, que as permitiu parar, avaliar uma situação difícil (necessariamente negativa) e superá-la, seguindo a diante, apesar do evento traumático e adquirindo forças para sair desse contexto inusitado.

Para a psicóloga Artenira Silva, foi o ano da ressurreição “a la Fenix”. Ela explicou que as pessoas com características de resiliência (que não implica necessariamente em características empreendedoras), e que são também criativas e não se conformam com um “não” da vida, conseguiram enfrentar a crise de uma maneira menos traumática.

[e-s001] “É o caso, também, de pessoas que são grupos vulneráveis, mas resistentes. Isso, claro, não significa que essas pessoas não possam entrar em crise, se desesperar, entre outras coisas. É, na verdade, um momento focal a partir do qual ela decide seguir em frente”, explicou.

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A psicóloga frisou que foi preciso haver uma reinvenção, não apenas de superação do ponto de vista financeiro e profissional, mas, também, do ponto de vista relacional. “E desse ponto de vista, o alto índice de divórcios, por exemplo, foi a ponta do iceberg. Em comparação ao ano de 2019, os casos aumentaram entre 78%, que é o percentual do Maranhão, e 300%”, disse.

[e-s001]Artenira Silva explicou que quem também não soube rever, reinventar e readaptar as suas relações para os afetos genuínos, presenciais, inclusivos, tolerantes, e quem não exercitou o hábito de ceder e de exercer a inclusão e a empatia, não conseguiu manter as suas relações afetivas ou aprimorá-las durante a pandemia.

Alguns, segundo ela, conseguiram, mas não a maioria. Há que se considerar, nesse contexto, conforme a psicóloga, o aumento vertiginoso da violência contra a mulher durante o período de pandemia evidencia que a maioria sucumbiu. “Mas existe um percentual de pessoas que conseguiu superar, a partir do que é coletivo, ou seja, a capacidade empática de olhar para o outro e dizer: eu consigo lidar e aceitar com o outro e tentar vê-lo com os olhos dele e não impor os meus olhos ao outro. Ou seja, a flexibilização é muito importante nesse caso. Quando alguém é muito rígido e muito rigoroso e o dono da verdade absoluta, e o mundo tem que se adaptar a ele e não ele ao mundo, essa pessoa ter uma dificuldade infinitivamente maior para se reinventar ou se ressignificar”, finalizou.

[e-s001]Empreender
Segundo o consultor de negócios Ricardo Carreira, empreendedores e empresas precisaram encontrar uma maneira de tornar o seu produto mais acessível durante a pandemia e essas estratégias precisam continuar em 2021, pois é um ano novamente de incertezas, principalmente porque ainda não se sabe como as pessoas reagirão à vacina.

“As medidas emergenciais e criativas são ainda muito importantes até que o Brasil vivencie a pós-pandemia e a economia volte a se estabilizar em níveis similares aos anteriores à crise. O mais importante, claro, é a preservação do emprego e da renda, acima de tudo”, frisou.

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