São Luís - As celebrações natalinas de 2020 serão mais reservadas este ano. Por causa da pandemia do novo coronavírus, que ainda não está sob controle no Brasil, muitas famílias decidiram limitar o número de convidados para a ceia e outros nem realizarão a tradicional confraternização para esperar a meia-noite, em celebração ao nascimento do Menino Jesus. É que as confraternizações representarão risco elevado, uma vez que pessoas estarão próximas dentro de um mesmo ambiente e, nesse caso, é recomendado o uso de máscaras e a utilização de álcool em gel.
“Eu e minha esposa, Jacqueline, costumamos passar a meia-noite em casa e, depois, seguimos para visitar uma confraternização bem mais restrita e alguns nem receberão outros parentes ou visitas. Sem dúvida, a questão da segurança vai falar mais alto. Até porque temos pessoas idosas na família e não seria correto promover aglomerações. Para nós, que gostamos de viajar no fim do ano, está sendo um período atípico. Tivemos de adiar os planos para 2021”, conta o advogado e professor da Universidade Federal do Maranhão Humberto Oliveira, acrescentando que, por essa razão, a ceia ganhará uma versão mais simbólica, diferente de anos anteriores.
No apartamento do engenheiro agrônomo Luiz Thadeu Nunes e Silva, a tradição de festejar o Natal começa dia 20 de novembro, com a montagem da árvore natalina, que é desarmada somente em 6 de janeiro, Dia de Reis. A árvore, com mais de dois metros, é a mesma há 20 anos e toda a decoração é feita com objetos provenientes de outros países, que ele vai colecionando nas muitas viagens que realiza. O ponto alto é a noite de 24 de dezembro, quando o apartamento onde mora, no bairro Renascença II, fica pequeno para a família e outros convidados.
“Desta vez, no entanto, será bem diferente, pois nos reuniremos apenas eu, minha esposa e meus dois filhos, com seus respectivos cônjuges. À meia-noite em ponto, faremos uma live para envolver outros parentes na confraternização. Acho mais sensato devido ao momento que estamos enfrentando, pois a segurança de todos deve vir em primeiro lugar”, frisa o engenheiro.
Para diminuir o trabalho e não se arriscar, o empresário Ricardo André Carreira e sua família decidiram transformar uma única celebração em duas. “Meu pai está hospitalizado, logo, não poderá vir. Nos reuniremos eu, minha esposa, minha irmã com o marido, e minhas filhas, além do nosso cãozinho de estimação. Numa outra residência, se confraternizará o outro grupo. Mas faremos uma integração virtual por meio das redes sociais. Ou seja, será bem diferente de anos anteriores, quando todos passavam juntos”, revela.
Seguindo protocolos
A bailarina e professora de dança Solange Costa afirmou que o Natal com a família será, também, bem diferente este ano. Ela e a família estão seguindo à risca as medidas preventivas contra o coronavírus. Durante a ceia, serão usadas pratos e copos descartáveis. Apenas os talheres serão de metal.
“O Natal será bastante reduzido, na casa da minha irmã, que é bem grande, todos de máscaras e, na hora da ceia, todos afastados, pois meu pai tem 89 anos e minha mãe, 80. Nós preferimos a prevenção, porque ninguém tem a garantia de que pegará a doença com sintomas leves”, ressaltou Solange Costa.
SAIBA MAIS
Orientações:
- Distanciamento social
- Nada de beijos e abraços
- Tirar os sapatos na entrada
- Abusar do uso do álcool em gel e lavar as mãos, em casos de contatos pessoais
- Evitar levar as mãos ao rosto
- Uso de máscaras quando no elevador e se não estiver ingerindo comida
- Não compartilhar objetos pessoais como copos, pratos e talheres
- A ceia deve ficar distante da circulação de pessoas para reduzir o contato
- Estimular que crianças higienizem as mãos e não compartilhem brinquedo
- Não comparecer às festas familiares se tiver algum desses sintomas: febre, dor de cabeça, coriza , diarreia, vômito, manchas no corpo, náusea, falta de ar, dor de garganta e perdas de cheiro e paladar
- Para famílias muito grandes, recomenda-se também dividir os membros em dois grupos e realizar dois encontros na véspera e no dia de Natal.
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