Ágil Fatal

PF prende acusados de extorquir o prefeito de São José de Ribamar

Tentativa de extorsão contra Eudes Sampaio foi revelada pela TV Mirante; quadrilha queria de 20% a 30% de propina dos recursos da área da Saúde

Gilberto Léda/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Prefeito Eudes Sampaio fez a denúncia à Polícia Federal que deflagrou a Operação Ágio Fatal na manhã de ontem e que teve três prisões
Prefeito Eudes Sampaio fez a denúncia à Polícia Federal que deflagrou a Operação Ágio Fatal na manhã de ontem e que teve três prisões (PF AGU)

A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação “Ágio Final”, com a finalidade de desarticular associação criminosa que praticava extorsão ao prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB).

A informação, não confirmada oficialmente pela PF, foi revelada pela TV Mirante.

Durante entrevista coletiva realizada pela manhã, o delegado Renato Madsen, superintendente da Polícia Federal no Maranhão, informou que foi o próprio prefeito quem procurou a PF para denunciar que estava sendo ameaçado de morte pelos criminosos, que cobravam um percentual de propina sobre repasse de R$ 5 milhões feito pelo governo federal ao Município.

Madsen revelou que, segundo o gestor, os indivíduos exigiam o repasse de 20% a 30% de recursos do Ministério da Saúde que tinham sido transferidos para uma das contas da Prefeitura.

“A partir de agora começa uma nova etapa da investigação para saber quais os demais envolvidos nessas trama”, disse o superintendente da Polícia Federal do Maranhão.

De acordo com os federais, a investigação teve início a partir de denúncia apresentada pelo gestor à Procuradoria da República no Maranhão (PR/MA) informando diversas ameaças sofridas ao longo de 2020.

Atuação

Em atuação conjunta com a Procuradoria da República, a Polícia Federal identificou um grupo criminoso que exigia pagamento de parte dos recursos públicos federais destinados ao município, sob o pretexto de ter influído na destinação das verbas.

As extorsões eram realizadas de forma ostensiva, com episódios de invasão à residência do gestor e intermediação com terceiros, de modo a conferir maior pressão para o pagamento dos valores exigidos.

Em decorrência de representação apresentada pela Polícia Federal, o Juízo da 1ª Vara Federal Criminal expediu três mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, além da autorização de afastamento do sigilo de dados telefônicos dos investigados.

Cerca de 40 policiais federais deram cumprimento às ordens judiciais nas cidades de São Luís, São José do Ribamar, Itapecuru-Mirim e Pindaré-Mirim. Se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelos crimes de extorsão qualificada (Art. 158, §1° do CP), estelionato majorado (Art. 171, §3° do CP) e associação criminosa (Art. 288 do CPB), que somadas as penas podem chegar até dezoito anos de reclusão mais multa.

A Operação foi denominada “Ágio Final” em razão do valor exigido pela associação criminosa.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.