Estado Maior

Dino quer reorganizar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

O momento agora, pós segundo turno em São Luís, é de reorganização. Foi o que disse o governador Flávio Dino (PCdoB), que, pelas redes sociais, admitiu que sua base construída em 2018 rachou dois anos depois. E essa reorganização passa pela avaliação do comportamento dos então aliados e também pelo resultado que o comunista quer em 2022.

“Formamos uma grande aliança estadual em 2018, quando da minha reeleição. Em 2020, me empenhei ao máximo para manter tal campo unido, tanto quanto possível. Agora entramos em um processo de revisão, visando à eleição de 2022”, escreveu o governador.

Sobre a reorganização em questão, vai ser iniciada logo na reforma administrativa que Dino já tinha previsão de promover. Talvez, a quantidade de alterações em sua administração seja maior do que estava realmente programado antes do resultado do primeiro turno na capital.

Já em relação ao governador ter se empenhado para manter a base unida, se realmente o comunista fez, não conseguiu. Faltou diálogo, mas antes disso, faltou costuras que amarrassem seus aliados a comprometimentos com prazos maiores que dois ou quatro anos.

Sem uma identidade partidária ou inimigo comum, muitos aliados tomaram seus rumos próprios conforme seus projetos políticos pessoais, assim como o próprio Dino.

O fato é que o governador, como o técnico, o camisa 10 e o detentor da braçadeira de capitão do time, precisa verificar o elenco que ainda tem, saber quem escalar e ainda definir a melhor estratégia de jogo para colocar sua equipe novamente no campeonato após duas derrotas consecutivas.

Estratégia

Quem deverá rever sua estratégia de jogo pós-resultado nas urnas será o senador e presidente do PDT, Weverton Rocha.

Para escalar, o pedetista conseguiu reunir um elenco que sabe jogar e anda bem incentivado.

Para definir a estratégia, no entanto, Rocha vai esperar como ficarão outros jogos que passam tanto pela escalação do time da Prefeitura de São Luís como pela escalação do agora adversário no Palácio dos Leões.

Disputado

Pelo visto, um jogador de peso que é dono da bola, mas ainda não tem um time bom, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), deverá ser o atleta a ser conquistado.

Há governista que defende esta aproximação maior de Flávio Dino com o presidente do PL como proposta de composição para 2022.

Do lado do outro time, comandado por Weverton Rocha, há a defesa da aproximação mais rápido possível para conseguir resultados em disputas como da presidência da Famem.

Base aliada

Levantamento feito por O Estado com base nas articulações de primeiro e segundo turno na capital este ano apontam que o prefeito eleito, Eduardo Braide (Podemos) deverá ter maioria no Parlamento a partir de 2021.

Dos 31 indicados pelo processo para composição da Câmara, 17 tem ligação direta ou indireta com o novo prefeito.

Dos 17, quatro são da mesma sigla de Braide.

Prioridade

De acordo com o Eduardo Braide, a saúde será o primeiro setor a receber investimentos.

Ele citou, por exemplo, a necessidade de reativação dos 11 leitos de UTI instalados na Santa Casa de Misericórdia.

A unidade filantrópica mantém parceria com a Prefeitura de São Luís para a concessão de vagas e tratamento de pacientes do Socorrão 1.

Manifestação

O deputado Adriano Sarney parabenizou o prefeito eleito Eduardo Braide. O parlamentar é também presidente estadual do PV, primeiro partido não coligado a aderir à candidatura de Braide ainda no primeiro turno.

Adriano faz parte do mesmo campo político que o prefeito eleito e atuavam juntos na oposição quando Braide era deputado estadual

"Quero cumprimentar o Prefeito eleito de São Luís Eduardo Braide pela sua vitória. A democracia é o respeito ao resultado da legitima decisão popular pelo voto", disse.

De olho

20 poderá ser a quantidade de deputados estaduais que, de acordo com o seu partido, poderão compor um bloco não alinhado ao Palácio dos Leões pós-reforma administrativa de Flávio Dino.

Reunião

Cerca de 20 vereadores eleitos este ano farão hoje a primeira reunião para debater a futura mesa diretora da Câmara Municipal de São Luís.

Os eleitos são todos ligados a Eduardo Braide. A ideia é bater o martelo em torno da candidatura do atual presidente, Osmar Filho (PDT), para continuar no comando da Casa.

Dos partidos da coligação de Eduardo Braide não há um nome posto na disputa. A ideia é deixar com o PDT, como forma de garantir espaço pelo apoio dado.

E mais

- Sobre eleições futuras na Câmara de São Luís, Eduardo Braide disse, em entrevista ao Jornal da Mira (Mirante FM), que os poderes são independentes e harmônicos entre si e que, portanto, não interferirá diretamente no processo.

- Ele comemorou o fato de que pelo menos 17 vereadores - a maioria na Casa - comporão sua base de apoio.

- Para Eduardo Braide, o Legislativo será fundamental para a administração pública.

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