SÃO LUÍS - Do total de 5.772 postos de trabalho com carteira assinada, gerados em outubro no Maranhão, os setores de comércio e serviços, juntos, responderam por 68,71% das vagas criadas, que em números absolutos correspondem a 3.966 empregos formais. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) , divulgados ontem pelo Ministério da Economia.

No pico da pandemia do novo coronavírus, entre os meses de março e maio, quando houve lockdown em São Luís, e suspensão das atividades econômicas, afetando principalmente as áreas de comércio e serviços, os dois setores registaram o fechamento de 6.218 postos de trabalho.

A partir de junho, com a retomada gradual das atividades, o saldo de emprego formal nos segmentos de comércio e serviços voltou a ser positivo, mantendo-se assim até outubro.

De acordo com o Novo Caged, em outubro, também houve saldo positivo de emprego formal nas atividades da construção civil, com a geração de 966 postos de trabalho; na indústria, que criou 483 vagas; e na agropecuária, com saldo de 337 postos. No acumulado do ano, já foram criado 18.820 empregos com carteira assinada no Maranhão, aumento de 3,92%.

Das 5.772 vagas criadas em outubro no estado, 4.394 foram absorvidas por trabalhadores com grau de instrução de ensino médio. Para quem tem curso superior completo, foram gerados apenas 230 postos de trabalho.

Em relação ao sexo, 4.106 vagas foram ocupadas por homens e 1.666 por mulheres. Por faixa etária, das 5.772 vagas criadas em outubro a maioria – 2.581 – beneficiou trabalhadores jovens, de 18 a 24 anos. Outras 1.392 foram ocupadas por pessoas de 30 a 39 anos e 1.078, por trabalhadores de 25 a 29 anos.

Estoque de empregos
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão
(Fecomércio/MA), José Arteiro da Silva, observa que o estoque de empregos formais no estado é formado, em sua enorme maioria, pelos setores de comércio e serviços.

Dos 499.212 empregados no mercado de trabalho do Maranhão, 154.725 estão em empresas do comércio e 232.092 pessoas empregadas no setor de serviços. Ou seja, juntos, os setores de comércio e serviços respondem por 77,5% dos empregos formais do mercado de trabalho maranhense.

“Com a retomada da confiança empresarial, a partir do arrefecimento dos números da pandemia, é natural que os setores de comércio e serviços voltem a puxar o saldo positivo de vagas do mercado de trabalho local”, ressalta José Arteiro.

Pesquisa da Fecomércio aponta que 73,7% das empresas do comércio local têm a intenção de contratar nestes últimos meses do ano. O subcomponente da pesquisa que mede a confiança empresarial em relação à contratação de funcionários marcou 130,1 pontos, em uma escala que vai de 0 a 200 pontos, demonstrando o otimismo dos empreendedores ao localizar o indicador acima da zona de indiferença situada aos 100 pontos.

Mais
Desempenho nacional
Pelo quarto mês consecutivo, o Novo Caged registrou saldo positivo na geração de empregos. Foram abertas 394.989 vagas com carteira assinada em outubro no país, saldo de 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos, melhor resultado não apenas para 2020 como também o melhor da história. O desempenho reforça a retomada da economia brasileira após os efeitos econômicos gerados pela pandemia de Covid-19.

O estoque, que é a quantidade total de vínculos ativos, em outubro, chegou a 38.638.484, variação de 1,03% em relação ao estoque do mês anterior. No acumulado do ano, apesar do saldo negativo em 171.139, decorrentes de 12.231.462 admissões e de 12.402.601 desligamentos, o país perdeu menos empregos em 2020 do que nas crises de 2015 e 2016.

Números
5.772
Postos de trabalho com carteira assinada foram gerados em outubro, no Maranhão

3.966
Empregos formais foram criados somente pelas atividades de comércio e serviços

73,7%
Das empresas do comércio local têm a intenção de contratar nestes últimos meses do ano

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