Estado Maior

O fim de uma era

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

São Luís é conhecida como Ilha rebelde. Mas, por mais de três décadas se manteve sob o comando do PDT.

Ainda era a década de 1980 quando o PDT elegeu Jackson Lago prefeito de São Luís. De lá para cá, o partido (hoje comandado pelo senador Weverton Rocha) cresceu e conseguiu se manter na Prefeitura da capital até o atual mandato do prefeito Edivaldo Júnior.

E durante três décadas, o PDT esteve à frente nas disputas em São Luís. Seja no primeiro ou segundo turnos.

Ou seja, participando da gestão como aliado. Nunca se afastou de fato. Nunca ficou um mandato todo longe das paredes do Palácio de La Ravadiere.

Agora a história da eleição na capital mudou. O PDT está de fora e os sinais de que fará composições com Duarte Júnior para o segundo turno são quase inexistentes.

Nesse caso, ficam encerrados – pelo menos por quatro anos – os braços do PDT na Prefeitura de São Luís.

É o fim de uma longa era!

Sem composição

E ao fim da totalização dos votos, o PDT emitiu nota e deixou claro que uma composição no segundo turno na capital não será possível.

Na nota, a legenda deixa claro que participará da vida cívica da cidade por meio de seus vereadores, e das lideranças comunitárias.

Ao que tudo indica, nem Eduardo Braide e nem Duarte Júnior terão de fato a força do partido que comandou São Luís por mais de 30 anos.

Apoio

E sobre manifestações de apoio, o governador Flávio Dino (PCdoB) já se posicionou para o segundo turno.

Nas redes sociais, o comunista declarou que dia 29 de novembro votará em Duarte Júnior para prefeito de São Luís.

Com essa declaração, Dino deixa claro que vai querer todo o seu grupo se unindo em torno de Duarte. Resta saber se os aliados do governador seguirão de fato o líder.

Negociação

Para garantir este apoio, Flávio Dino não quer perder tempo e já terá hoje uma reunião com seus aliados para falar da composição em torno de Duarte Júnior.

A ideia é colocar todo seu primeiro escalão declarando apoio ao republicano. O governador já havia avisado aos mais próximos que tomaria a dianteira dessa negociação.

E é preciso, pois Duarte Júnior não é bem quisto por parte da classe política mesmo entre os aliados.

Manifestações

Após o resultado das urnas, parte dos candidatos a prefeito se manifestaram nas redes sociais. O discurso é de agradecimento aos eleitores e apoiadores.

Neto Evangelista garantiu que, como deputado, manterá o trabalho em prol da capital. Yglésio Moyses (PROS) agradeceu e adiantou que em 2024 voltará para disputar a prefeitura de novo.

Rubens Júnior fez agradecimentos a sua equipe de trabalho, aos seus aliados e apoiadores e também comentou sua vitória após a cura da Covid-19.

Renovação

A Câmara Municipal de São Luís terá uma renovação de 45%. Foram reeleitos 17 vereadores e 14 eleitos para o mandato que terá início em fevereiro de 2021.

Chamou atenção os nomes que ficaram de fora. Entre eles Ivaldo Rodrigues (PDT), Pavão Filho (PDT) e Marcelo Poeta (PCdoB).

Muitos vereadores não conseguiram voltar em razão da nova regra que excluiu a coligação para a disputa proporcional.

De olho

14 candidatos foram eleitos novos vereadores de São Luís, deixando a Casa com uma renovação de 45%

Disputa acirrada

Em outros municípios do Maranhão a disputa pela prefeitura foi acirrada. O exemplo foi Imperatriz. Por lá, O prefeito Assis Ramos disputou voto a voto contra o deputado Marco Aurélio.

Com cerca de 30% das urnas apuradas, era Marco Aurélio que estava liderando. Depois disso, o prefeito tomou a dianteira e no fim acabou sendo reeleito com somente 1,4 mil votos de diferença.

Outra cidade que disputa foi voto a voto foi em Paço do Lumiar. A prefeita Paula Azevedo (PCdoB) conseguiu a reeleição ficando somente 1,5 mil votos a frente de Fred Campos (PL).

E mais

- Em São José de Ribamar, a vitória de Dr. Julinho não foi tão apertada assim. Ele teve quase 7 mil votos a mais que o segundo colocado, que foi o prefeito Eudes Sampaio.

- Já em Raposa, o resultado contrariou boa parte dos institutos de pesquisa. Por lá, foi eleito Eudes Barros.

- Pouco antes do início da apuração dos votos no Estado, o desembargador e presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE), Tyrone Silva, estimava, na ocasião, uma apuração rápida no estado. No entanto, por problemas no sistema do TSE, a apuração se arrastou além da estimativa da Corte local.

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