Disputa nos EUA

Eleição americana marcada por clima de grande expectativa

Donald Trump e Joe Biden disputaram ontem os votos de milhões de americanos na eleição mais aguarda da história; tudo indica que o vencedor não será conhecido tão cedo;milhões de eleitores optaram por votar antecipadamente pelo correio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Donald Trump e Joe Biden: disputa acirrada pela presidência dos Estados Unidos
Donald Trump e Joe Biden: disputa acirrada pela presidência dos Estados Unidos (Trump e Biden)

WASHINGTON - A disputa entre Donald Trump e Joe Biden pela Presidência dos Estados Unidos (EUA), talvez a eleição mais aguardada da história, foi o evento principal de ontem 3, no mundo. Mas o vencedor não deverá ser conhecido tão cedo. Por causa da pandemia do coronavírus, milhões de eleitores optaram por votar antecipadamente pelo correio, o que vai atrasar a apuração dos votos em muitos estados.

A expectativa de uma disputa acirrada nas urnas, e possivelmente nos tribunais, aumenta ainda mais a chance de demora na divulgação dos resultados. No entanto, mesmo se não apontar um vencedor, o dia da eleição fornecerá pistas importantes sobre o rumo da corrida à Casa Branca.

Segundo pesquisa recente do jornal "The Washington Post" em parceria com a rede ABC, seis em cada dez eleitores de Joe Biden planejavam votar com antecedência ou pelo correio. Entre os que apoiam o presidente Donald Trump, seis em cada dez disseram que compareceriam às urnas no dia da eleição. Por isso, as chances de vitória de Trump dependem diretamente do número de eleitores que votaram ontem, já que Biden deve levar vantagem entre os quase 100 milhões de votos registrados com antecedência.

Ontem, o candidato democrata a presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu pelos votos de última hora dos eleitores da Filadélfia, maior cidade da Pensilvânia. Acompanhado de suas netas, ele fez um breve discurso no meio da rua, com a ajuda de um megafone. "Queremos verdade, nós queremos a ciência em vez de ficção, prometo a vocês, vou cumprir

A campanha do democrata foi marcada por críticas à gestão do adversário, Donald Trump, na resposta dada à pandemia do novo coronavírus, que já deixou mais de 220 mil mortos e mais de 9 milhões de infectados no país – os EUA são o país mais afetado pela doença no mundo.

"Vamos superar todos os problemas, vamos nos lembrar de quem somos, somos os EUA", disse Biden.

A Pensilvânia é um dos maiores campos de batalha nestas eleições. As equipes de Biden e Trump apostaram fortemente na campanha nesses locais.

“Temos uma enorme oportunidade, como um país", disse Biden. “Se eu for eleito, eu vou ser um presidente Americano. Não vai ter estados vermelhos ou azuis. Apenas os Estados Unidos". As cores fazem referência aos dois partidos: Democrata (azul) e Republicano (vermelho).

Biden também visitou um centro comunitário na Filadélfia, e conversou com jornalistas. Ele disse não arriscar nenhum palpite para esta noite –quando as urnas começam a ser abertas–, mas defendeu ser preciso "restaurar a decência no sistema, ou ele vai se destruir".

Ele cumpre com agenda final de campanha nesta terça-feira, antes de voltar para casa, em Wilmington, no estado vizinho, Delaware.

Voto da Pensilvânia

Os subúrbios da Pensilvânia podem ser decisivos mais uma vez por causa dos eleitores da classe trabalhadora e de baixa escolaridade, que também elegeram Trump há quatro anos e reverteram décadas de predomínio democrata.

Na campanha, Biden tentou reverter o descontentamento dos trabalhadores de indústrias com os democratas — eleitorado essencial para que Trump vencesse por lá em 2016. A estratégia da campanha da oposição é captar a frustração da classe trabalhadora com o atual governo.

Para evitar perder no estado onde conseguiu uma vitória histórica quatro anos atrás, Trump argumentou que defenderá o fracking, ou fraturamento hidráulico. Trata-se de uma técnica de extração de gás natural do subsolo muito comum no estado e que recebe críticas de ambientalistas.

O republicano afirma que Biden acabará com essa fonte de renda — de fato, o candidato democrata disse que proibiria a prática em declarações no início da campanha.

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