Vacina chinesa

Anvisa libera importação de matéria-prima da CoronaVac

Imunizante ainda não teve autorização para ser aplicado: ele está na 3ª fase de testes, que analisa a eficácia após aplicação em milhares de voluntários. Resultados dos estudos ainda não foram divulgados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Butantan divulgou como será o frasco da vacina que pretende desenvolver
Butantan divulgou como será o frasco da vacina que pretende desenvolver (Vacina chinesa)

BRASILIA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou ontem, 28, a importação de matéria-prima para produção de 40 milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Na semana passada, a Anvisa já tinha liberado a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac, que já virão envasadas e prontas para o uso.

A CoronaVac está atualmente na terceira fase de testes. A Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pela vacina, ainda não obteve o registro para aplicação do imunizante no Brasil, que não pode ser utilizado na população. Até momento, apenas dados parciais referentes à segurança da vacina foram apresentados pelo governo de São Paulo, mas eles não foram enviados ao órgão ou publicados em revistas científicas.

Eficácia
Para comprovar a eficácia da vacina, é preciso que pelo menos 61 participantes do estudo, que tomaram placebo, sejam contaminados pelo vírus. A partir dessa amostragem, é feita então uma comparação com o total dos que receberam a vacina e, eventualmente, também tiveram diagnóstico positivo da Covid-19.

Se o imunizante atingir os índices necessários de eficácia e segurança, será submetido a uma avaliação da Anvisa para registro e só então a vacina estaria liberada para aplicação na população.

Disputa política
A CoronaVac é alvo de disputa política envolvendo o Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria. Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou a negociação para adquirir as 46 milhões de doses. Contrariado, Bolsonaro mandou cancelar a compra – e o ministério, por sua vez, divulgou novo posicionamento afirmando que não havia intenção de compra

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