Estado Maior

CoronaVac e incoerência

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Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) – e praticamente todos os seus aliados na esquerda nacional – teceram duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro por causa do seu aparente desapreço pela Ciência e por órgãos e autoridades sanitários ao tomar decisões relativas à expansão da doença.

“Um genocida!”, bradaram.

Agora, na crise sobre a compra (ou não) da vacina desenvolvida pela Sinovac, farmacêutica chinesa que está desenvolvendo a CoronaVac, uma das vacinas ainda em fase de testes contra a Covid-19, o comunista mostra que, na verdade, apenas fazia discurso político.

Em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Dino defendeu nada menos que a aprovação de uma lei que permita a compra da CoronaVac, mesmo sem registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Isso mesmo!

Segundo o comunista, um dispositivo legal deve ser criado nos moldes de um artigo da Lei 13.979, aprovada em fevereiro, que prevê a aquisição excepcional e temporária de medicamentos, equipamentos, materiais e insumos na área de saúde sem registro da Anvisa. “Compramos respiradores dessa forma”, disse o governador do Maranhão, Flávio Dino.

A ideia é que o novo dispositivo legal permitia a compra do imunizante mesmo sem o registro nacional – mas desde que ele seja aprovado pela agência equivalente de algum outro país ou região com tradição científica, como EUA, União Europeia, Japão ou a própria China.

Ou seja: o mesmo governador que tanto criticou Bolsonaro, agora mostra seu desapreço pela principal autoridade sanitária brasileira. Unicamente porque precisa mostrar que está em lado oposto ao do presidente.


Melhorando

O candidato a prefeito de São Luís pelo PCdoB, Rubens Júnior, anunciou nas redes sociais que o quadro de saúde do seu pai, o ex-deputado Rubens Pereira, está melhorando.

“Rubão” está internado em UTI, em São Luís, após ter sido acometido pela Covid-19.

- A situação de papai só melhora, graças a Deus. Raio-X mais limpo, exames laboratoriais mostrando melhoria significativa. Ele está respirando cada vez melhor e as perspectivas dos médicos são boas. Deus vai curá-lo! Mantenhamos a fé -, disse.

Fake news?

A Justiça Eleitoral obrigou o candidato a prefeito de São Luís pelo Republicanos, Duarte Júnior, a retirar de suas redes documento com notícia inverídica a respeito do candidato Eduardo Braide (Podemos).

Na postagem, Duarte tentou comprovar acusação feita durante Debate Imirante/O Estado, quando afirmou que Braide respondia a ação trabalhista movida por um suposto ex-funcionário.

O caso, no entanto, refere-se ao pai do candidato, ex-deputado Carlos Braide.


Nada disso

Apesar da decisão judicial, Duarte Júnior voltou ao tema na manhã de ontem. Reafirmou que o caso atinge o adversário, e argumentou que o despacho da juíza Cristiana de Sousa Ferraz Leite, titular da 76ª Zona Eleitoral, não determina a retirada da postagem por se tratar de fake news.

- Ele mente quando alega ser fake. A Justiça apenas considerou como propaganda irregular -, afirmou, em sua página pessoal no Twitter.


Aí gosta...

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) parece disposto a protagonizar conflitos, diariamente, na esfera política, contra adversários.

No início da semana ele compartilhou mensagem antiga do candidato Eduardo Braide, como se fosse algo atual, do momento de disputa política. A publicação continua no ar, apesar de desmascarada a fake news.

Depois, se envolveu em outro imbróglio. O presidente Jair Bolsonaro cancelou agenda de trabalho em Balsas após o Governo do Maranhão não ter disponibilizado a PM para a segurança. Dino nega.


Repúdio

O deputado federal Edilázio Júnior (PSD), repudiou o governador Flávio Dino pela suposta negativa em fornecer a Polícia Militar para a segurança do presidente Jair Bolsonaro.

Para Ediázio, um ato que apequena o chefe do Executivo Estadual e que prejudica a população do Maranhão, já que a agenda oficial em Balsas foi cancelada.

"Ideologias políticas não podem influenciar no cumprimento da lei e na segurança pública. Uma vergonha", enfatizou.

De olho

R$ 58 milhões é o valor do reforço destinado ao Fundo Estadual de Saúde (FES) - fruto de transferência do governo federal - por Medida Provisória confirmada pela Assembleia Legislativa nesta semana.


"Critério político"

O governador Flávio Dino também decidiu "brigar" pela disponibilização no país da vacina chinesa CoronaVac, por um simples motivo: Bolsonaro vetou a compra.

A vacina, como é público e notório, não foi liberada pelo Ministério da Saúde e muito menos certificada pela Anvisa, por ter pulado fases importantes de testes.

Mas, ao que tudo indica, pouco importa para o comunista os critérios técnicos e científicos de eficácia da vacina. Por isso a guerra política, criada por ele próprio, para desestabilizar o presidente.


E mais

- Nenhum dos candidatos a prefeito de Imperatriz teve o registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral até o fechamento desta edição.

- Portais de checagem de dados do Maranhão desmentiram declaração de Rubens Júnior (PCdoB) segundo a qual ele não muda de partido.

- Apresentando dados da própria Justiça Eleitoral, os projetos “Rumbora Marocar” e “Sem Migué” confirmaram que o hoje comunista já foi do PSC e do PRTB.

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