Dino quer ingressar na Justiça para obter vacina
Governador do Maranhão afirmou que caso seja necessário, ele e outros governadores vão acionar o Poder Judiciário para ter acesso à vacina que foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro
O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou por meio de seu perfil em rede social que e for necessário recorrerá à Justiça, junto a outros governadores, para ter acesso no país à vacina chinesa Sinovac, ou Coronavac, contra a Covid-19, vetada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
O Ministério da Saúde informou na última terça-feira que a vacina não seria comprada pelo país. Ontem, Bolsonaro reafirmou o posicionamento, ao ser perguntado sobre o tema, durante uma live, por um internauta.
Foi o que motivou a reação de Flávio Dino e de outros governadores, a exemplo de João Dória (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).
"Não queremos uma nova guerra na Federação. Mas com certeza os governadores irão ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário para garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras", escreveu o governador do Maranhão em seu perfil, em rede social.
João Dória, apelou para tentar sensibilizar o presidente da República a efetuar a compra da vacina e incluí-la no Programa Nacional de Imunizações.
“Peço ao presidente Jair Bolsonaro que tenha grandeza. E lidere o Brasil para a saúde, a vida e a retomada de empregos. A nossa guerra não é eleitoral. É contra a pandemia. Não podemos ficar uns contra os outros. Vamos trabalhar unidos para vencer o vírus. E salvar os brasileiros”, escreveu no twitter.
Já o governador do Rio Grande do Sul cobrou análise técnica sobre a eficácia ou não da vacina.
"A definição sobre a inclusão de vacinas contra o Covid-19 no Programa Nacional de Imunização deve ser feita com análise eminentemente técnica (e não política!), observando viabilidade, segurança e agilidade para atender a população”, disse Eduardo Leite.
Veto
Bolsonaro vetou o uso da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo do estado de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac. "O povo brasileiro não será cobaia de ninguém", escreveu o presidente. No início da semana, ele ironizou o posicionamento de João Dória, que defendeu a vacinação obrigatória em São Paulo. “Tem governador que age como se fosse médico do país", disse. Até o momento, não há nenhuma vacina já assegurada para uso no Brasil.
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