SÃO LUÍS - Com mais derrotas do que vitórias na temporada – são 22 jogos, 7 vitórias, 3 empates e 12 derrotas -, a equipe do Imperatriz vive dias ruins dentro e fora de campo. Antes considerado um dos clubes mais organizados do Maranhão, mesmo com orçamento modesto, a agremiação da região tocantina vive em 2020 um verdadeiro pesadelo. Depois de um 2019 razoável, com um quase acesso à Série B, o Cavalo iniciou este ano dando pinta de que a nova temporada seria ainda melhor, mas, até o momento, nada se concretizou. O time acumula fracassos em campo, já está no seu terceiro técnico e a empresa terceirizada que assumiu o comando do futebol no clube entrou em rota de coalisão com a torcida após episódios vergonhosos.

O Imperatriz começou a temporada com Paulinho Kobayashi, que no ano anterior havia levado a equipe às quartas de final da Série C, e apostando na base da equipe que havia feito uma boa temporada. No entanto, após uma Copa do Nordeste ruim, uma Copa do Brasil frustrante, somadas a um início de Estadual irregular, e a paralisação por causa da pandemia, esse planejamento veio por água abaixo. Jogadores foram deixando o time, e o técnico viria a sair meses depois com a chegada da JB Sport, empresa que trabalha com assessoria e gerenciamento de jogadores de futebol, no departamento de futebol do clube. Em sua despedida, Kobayashi afirmou ter a “própria linha de raciocínio e maneira de conduzir uma equipe".

Com a saída de Kobayashi, o coordenador técnico, Luís dos Reis, que assumiu o cargo no quadro da empresa administradora, assumiu o comando do time. Porém, o novo comandante não conseguiu bons resultados, e deixou o colorado com cinco jogos, sendo três derrotas, um empate e uma vitória. A JB Sport contratou o experiente técnico Estevam Soares, que já acumula duas derrotas, incluindo uma goleada por 6 x 1 para o Paysandu. Com dois jogos a menos, e apenas um ponto, o Imperatriz é o lanterna do Grupo A da Série C.

Pichações, gafes e bate-boca

Não bastasse a má fase em campo, o Imperatriz acumula problemas fora dele também. Nesta quarta-feira, 23, a fachada do Estádio Frei Epifânio d'Abadia amanheceu com pichações da torcida, cobrando mais empenho do time e rebatendo um bate-boca que um dos dirigentes da JB Sport teve com um torcedor. Em um áudio que circula na internet, um dos dirigentes da empresa disse que "meia dúzia de torcedor f*** da p***" que devem assumir o time.

Isso revoltou a torcida, que criou uma campanha na internet, com o tema “"Sou da meia dúzia e mereço respeito" e foi protestar com pichações nas bilheterias do estádio.

Não bastasse isso tudo, o Imperatriz protagonizou uma cena bizarra na partida contra o Vila Nova, quando o time maranhense precisou usar calções emprestados pelo adversário por ter viajado com apenas um jogo de calções. O Imperatriz não tinha calções vermelhos, que fazem parte do uniforme tradicional do clube, em sua bagagem.

No sábado, 26, o Imperatriz recebe o Ferroviário-CE, às 17h, no Frei Epifânio, pela Serie C.

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