SÃO LUÍS - O governador Flávio Dino (PCdoB) utilizou o seu perfil em rede social para manifestar-se a favor da decisão do Magazine Luiza, de lancar um novo programa de traineer apenas para negros.
Ele tentou classificar a ação como um programa de cotas raciais e de que há um princípio jurídico que assegura às empresas este tipo de decisão.
“Sobre cotas raciais em uma empresa privada, o ataque de parcela da direita é desvairado. No caso, vale o princípio jurídico segundo o qual “o que não é proibido, é permitido”. Alguma lei está sendo violada ? Não. Então pode fazer. O nome disso é princípio da livre-iniciativa...”, escreveu.
A decisão da empresa, contudo, abriu uma série de debates e polêmica. Organizações acusaram a empresa de “racismo reverso”, pelo fato de, supostamente, haver descriminação contra brancos e indígenas.
A juíza do trabalho Ana Luiza Fischer Teixeira de Souza Mendonça criticou a iniciativa da Magalu. A magistrada considera que a proposta fere o artigo 5º da Constituição Federal. “Na minha Constituição isso ainda é proibido”, disse.
O deputado federal Carlos Jordy, vice-líder do governo na Câmara, por sua vez, afirmou que está ingressando com representação no Ministério Público contra a empresa para que seja apurado crime de racismo.
O Magazine Luiza respondeu: “[...] Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional, de pessoas discriminadas há gerações fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho”, escreveu em seu perfil oficial.
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