Cinema

"A vida Invisível" concorre em 16 categorias no GP do Cinema Brasileiro

Bárbara dos Santos pode ser a primeira negra a receber o prêmio de melhor atriz no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Bárbara dos Santos no filme "A Vida Invisível"
Bárbara dos Santos no filme "A Vida Invisível" (cinema)

São Paulo - Produzido por Rodrigo Teixeira, da RT Features, "A vida Invisível" teve sua estreia mundial no Festival de Cannes de 2019, no qual conquistou um feito inédito para o cinema brasileiro, o troféu principal da mostra Um Certo Olhar, e desde então circulou em festivais e salas de cinema pelo mundo, passando por países como França, Itália, Inglaterra, México, EUA, Cuba, Panamá, entre outros. O longa conseguiu 16 indicações, em 14 categorias, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

"A vida Invisível" concorre nas categorias: Filme, Direção, Atriz (Carol Duarte e Julia Stockler), Ator (Gregório Duvivier), Atriz Coadjuvante (Fernanda Montenegro e Bárbara Santos), Ator Coadjuvante (Flavio Bauraqui), Roteiro Adaptado, Fotografia, Direção de Arte, Figurino, Montagem, Trilha Sonora, Maquiagem e Som. A premiação acontecerá em 10 de outubro, e será transmitida pela TV Cultura.

Entres os indicados e as indicadas um dos destaques é Bárbara Santos, em seu longa de estreia, no qual interpretou Filomena, e que pode se tornar a primeira atriz negra a receber o prêmio, que, desde sua criação em 2002, indicou apenas outras 5 intérpretes negras nas categorias de atriz principal e coadjuvante: Roberta Rodrigues, Zezeh Barbosa, Camila Pitanga, Zezé Motta e Grace Passô.

Dramaturga, diretora teatral, atriz, performer, escritora e ativista feminista, Bárbara Santos é coordenadora artística de Kuringa – espaço para o Teatro do Oprimido em Berlim e fundadora da Rede Ma(g)dalena Internacional de Teatro das Oprimidas. Ao longo de duas décadas trabalhou com o renomado dramaturgo Augusto Boal, como coordenadora do Centro de Teatro do Oprimido (Rio de Janeiro) e no desenvolvimento do Teatro Legislativo e da Estética do Oprimido. Sua experiência profissional inclui a atuação com grupos culturais e organizações sociais em mais de 40 países. Além disso, também é autora de “Teatro do Oprimido, Raízes e Asas: uma teoria da práxis”, lançado em português, espanhol, italiano e inglês; “Percursos Estéticos: abordagens originais sobre o Teatro do Oprimido”, lançado em português, em 2018; e “Teatro das Oprimidas – estéticas feministas para poéticas políticas, lançado em português, na flip de 2019 e em espanhol, em Buenos Aires, em setembro de 2020.

"A vida Invisível" chegou ao circuito brasileiro em novembro do ano passado, depois de fazer carreira em festivais também no país, e foi o escolhido para representar o Brasil no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 2019. Os direitos de lançamento do longa foram vendidos para mais de 30 países, entre eles EUA, Grécia; França; Polônia; China; Hungria; Eslovênia; Croácia; Luxemburgo; Bélgica; Holanda; Sérvia; Argélia; Egito; Irã; Israel; Jordânia; Líbia; Marrocos; Emirados Árabes; Reino Unido; Portugal; Itália; Coréia do Sul; Rússia; Cazaquistão; Ucrânia; Taiwan; Suíça; Espanha e Turquia.

Filme

As irmãs Guida e Eurídice são como duas faces da mesma moeda – irmãs apaixonadas, cúmplices, inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar com um príncipe encantado e ter uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado. Ao retornar grávida, seis meses depois e sozinha, o pai, um português conservador, a expulsa de casa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.

Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa – ambientado majoritariamente na década de 50 – foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão.

A direção de fotografia é da francesa Hélène Louvart, que assina seu primeiro longa brasileiro e acumula trabalhos importantes na carreira, como os filmes ‘Pina’, de Wim Wenders; ‘The Smell of Us’, de Larry Clark; ‘As Praias de Agnes’, de Agnès Varda; e ‘Lázaro Feliz’, de Alice Rohwacher, entre outros. A alemã Heike Parplies, responsável pela edição do longa-metragem ‘Toni Erdmann’, da diretora Maren Ade, indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, assina a montagem.

Sinopse

Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que moram com os pais em um lar conservador. Ambas têm um sonho: Eurídice o de se tornar uma pianista profissional e Guida de viver uma grande história de amor. Mas elas acabam sendo separadas pelo pai e forçadas a viver distantes uma da outra. Sozinhas, elas irão lutar para tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto nunca desistem de se reencontrar.

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