São Luís - No início da semana, a assessoria do pré-candidato a prefeito de São Luís pelo Solidariedade, Carlos Madeira, confirmou que o ex-juiz precisou ser internado em um hospital da capital devido à febre e dores no corpo. Madeira fez o teste da Covid-19 e testou positivo. Esta é uma demonstração dos riscos que os pré-candidatos estão correndo ao decidir ir às ruas para a pré-campanha.

Desde a flexibilização das atividades comerciais e de serviços ainda em maio, que os pré-candidatos à Prefeitura de São Luís decidiram sair do isolamento e reiniciar a pré-campanha interrompida devido ao pico da pandemia do novo coronavírus na capital.

Um junho, os encontros políticos começaram a ser intensificados. O PDT, por exemplo, fez um ato político reunindo dezenas de pessoas para confirmar a desistência do presidente da Câmara Municipal de São Luís, Osmar Filho, para apoiar o deputado Neto Evangelista (DEM).

Um mês depois, pré-candidatos deixaram cada dia mais raro os eventos e reuniões por meio de videoconferência. E antes mesmo de o governo estadual liberar eventos para até 100 pessoas, pré-candidatos como Rubens Júnior (PCdoB) reunia pessoas em bairros para fazer seu movimento “Diálogos por São Luís”.

O próprio Carlos Madeira fez ato político na Vila Embratel para anunciar seu vice, Capitão Jeremias.

O Estado entrou em contato com os pré-candidatos à Prefeitura de são Luís para saber se em suas movimentações de pré-campanha estão seguindo as medidas sanitárias para evitar a contaminação do novo coranavírus.

Os que responderam foram os nomes que fazem uma pré-campanha mais localizada e que reúne, verdadeiramente, poucas pessoas em ambientes de seus atos políticos.

Um deles foi o deputado Adriano Sarney (PV). Segundo ele, o uso de máscaras e do álcool em gel é constante em suas reuniões. O distanciamento foi colocado em prática durante a convenção de seu partido que ocorreu no último dia 31 de agosto.

“Eu como pré-candidato uso sempre máscara e peço aos presentes que usem também. Álcool em gel sempre na mesa para todos. Na nossa convenção o distanciamento e o número máximo de pessoas foi respeitado”, disse.

Jeisael Marx, da Rede Sustentabilidade, disse A O Estado que está evitando reuniões presenciais e não promove aglomerações.

“Estamos evitando reuniões, e, quando fazemos, não temos aglomeração, pois a quantidade de pessoas é pequena; orientamos pelo distanciamento, uso de máscara e higiene das mãos. As pessoas que trabalham conosco estão orientadas a seguir as normas sanitárias para a proteção de todos. Recomendo vigilância, pois é possível às vezes a gente baixar a guarda involuntariamente e se colocar em risco, assim como aos outros, por achar que o pior já passou. Não podemos banalizar a situação”, afirmou Marx.

Bira do Pindaré do PSB também garante que sua pré-campanha está sendo feita com os cuidados que são necessários para evitar aglomerações.

"Desde o início estamos seguindo as medidas previstas no Decreto do Governo do Estado, que prevê o uso obrigatório de máscaras, lavagem das mãos com água e sabão ou álcool em gel, além de eventos com até 100 pessoas, claro, sempre mantendo o distanciamento necessário. Inclusive, a nossa Convenção está sendo toda programada e organizada para cumprir as normas sanitárias", disse.

“Aglomeradores”

Diferente dos que se manifestaram ao O Estado, outros pré-candidatos como Eduardo Braide (Podemos), Neto Evangelista (DEM), Duarte Júnior (Republicanos) e Rubens Júnior têm feito atos políticos com comunidades de São Luís que acabam reunindo mais de 100 pessoas.

Pelas fotos nas redes sociais, Neto Evangelista e Duarte Júnior foram os que já realizaram atos que mostram aglomeração, principalmente, na hora das fotos.

Rubens Júnior também têm reunindo em comunidades e feito discurso sem máscara. Eduardo Braide também demonstra pelas redes sociais uma preocupação menos com as medidas sanitárias para evitar a proliferação da Covid-19.

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O pré-candidato do Pros, Yglésio Moyses, disse que tambem vem o cumprindo as regras sanitárias. “Na minha pré-campanha, reuniões com pequenos grupos, obedecendo distanciamento mínimo e utilização de máscaras. Nos casos que utilizamos microfones, eles são alcoolizados”, afirmou.

Já Franklin Douglas, pré-candidato do PSOL, admite não fazer atos de pré-campanha, mas atividades que desenvolve, todas são dentro das medidas previstas. “Não tenho feito nenhuma atividade que gere aglomeração. Usamos sempre máscaras e na distribuição do material que defendendo os 600 reais de auxílio até o fim da pandemia, o fazemos com todos os cuidados sanitários”, disse.

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