Violência

Casos de feminicídio marcam o fim de semana no interior do Maranhão

Somente no município de Imperatriz houve o registro de duplo feminicídio, enquanto o outro caso ocorreu na zona rural de Santa Luzia do Paruá

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
A polícia foi acionada e os corpos dos três mortos foram removidos para o Instituto Médico Legal de Imperatriz
A polícia foi acionada e os corpos dos três mortos foram removidos para o Instituto Médico Legal de Imperatriz (Polícia Imperatriz)

São Luís - Três mulheres foram vítimas de feminicídio durante este fim de semana no interior do estado e, segundo a polícia, 41 casos desse tipo de crime já ocorreram durante este ano no estado. Umas das ocorrências foi na cidade de Imperatriz, no domingo, 30. Alan Patrick de Oliveira Soares matou a tiros a ex-companheira, Gleyciane da Mota Bandeira; e a ex-cunhada, Dayane, e depois recorreu ao suicídio.

A delegada da Mulher dessa cidade, Silviane Terório, informou que o acusado estava inconformado com o fim do relacionamento. No domingo, 30, ele invadiu a residência da ex-companheira, localizada no bairro Novo Horizonte, e assassinou as duas irmãs, e logo após efetuou um tiro na cabeça.

A polícia foi acionada e os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal de Imperatriz para serem autopsiados. O resultado dos exames periciais serão encaminhados para a Polícia Civil. Ainda de acordo com a delegada, testemunhas disseram para a polícia que Dayane da Mota foi assassinada devido Alan Patrick achar que a ex-cunhada tinha interferido no fim do relacionamento.

A delegada contou que após o fim do casamento, as ameaças começaram a ser feitas de forma constate por Alan Patrick e o caso foi parar na Delegacia da Mulher.

A delegada frisou que, pelo menos, três ameaças foram registradas na delegacia. Numa delas, o suspeito chegou a enviar a foto de revólver dizendo que essa arma seria usada para retirar a vida de Gleyciane da Mota. Foi solicitado ao Poder Judiciário a medida protetiva em favor da ex-companheira do suspeito.

Mas, no dia 27 de maio deste ano, a vítima, por meio da Defensoria Pública, pediu a retirada da proteção judicial e, no dia 27 de junho, o processo acabou sendo extinto e a vítima deixou ser acompanhada pela patrulha Maria da Penha da Polícia Militar. “É de suma importância frisar que a vítima não tinha medida em vigor, pois, tinha desistido. Então, fica o alerta para que todas as vítimas de violência doméstica continuem com o procedimento e acredite nas ameaças. Muita das vezes é uma simples ameaça, mas, deve ser levada a sério”, alertou a delegada.

Golpes de facão

O outro caso ocorreu na tarde do último dia 29, no povoado Bom Jesus, na zona rural de Santa Luzia do Paruá, e teve como vítima Marilene dos Santos Lopes. A polícia informou que o ex-companheiro dela, identificado como José Antônio Silva Neto, é suspeito de ter cometido esse ato criminoso e ainda tentou se matar devido não aceitar o fim da relação amorosa.

Ainda segundo a polícia, José Neto aplicou vários golpes de facão na vítima, que ainda foi levada para o hospital, mas chegou sem vida. Enquanto, o acusado foi preso por uma guarnição da Polícia Militar após tentar tirar a própria vida com um golpe de facão no abdômen.

José Neto foi levado primeiramente para o hospital dessa cidade, mas teve que ser transferido para uma unidade de saúde, em Governador Nunes Freire em virtude da gravidade dos ferimentos. A polícia afirmou que após o suspeito ter alta médica, este será apresentado na Delegacia de Polícia Civil de Santa Luzia do Paruá.

Investigação

A equipe da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP) continua sendo investigando a morte da venezuelana Rosita Rodrigues, de 50 anos. De acordo com a polícia, a estrangeira foi encontrada morta por populares durante a madrugada de domingo, 30, em uma quitinete, localizada na Vila Lobão.l

O corpo da vítima foi removido para o IML, no Bacanga, para ser autopsiado. A polícia já ouviu o esposo da vítima, nome não revelado, e outras testemunhas. A polícia ainda ontem aguardava o resultado dos exames perícias feitos pelos peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) para saber a causa morte da estrangeira. A polícia tem o prazo de 30 dias para apurar o caso.

Número

3 mulheres foram vítimas de feminicídio durante o fim de semana no interior do Maranhão

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