Logística

Itaqui responde por 30% das exportações de milho e soja pelo Arco Norte

De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no primeiro semestre deste ano, porto exportou 5,8 milhões de toneladas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Graneleiro é carregado com soja produzida no Maranhão para exportação via Porto do Itaqui
Graneleiro é carregado com soja produzida no Maranhão para exportação via Porto do Itaqui (soja itaqui)

O escoamento de soja e milho ao mercado internacional pelo Arco Norte atingiu 19,8 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano, representando um crescimento de 10,8% em relação a igual período de 2019. Somente o Porto do Itaqui, em São Luís, respondeu por 5,8 milhões de toneladas, ou seja. 30% de todo o volume embarcado dos dois grãos para o exterior.

Os terminais portuários do Arco Norte responderam por 31,4% do escoamento do conjunto das instalações portuárias brasileiras do milho e da soja destinado à exportação, segundo o Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Os principais portos públicos no escoamento da soja e do milho para o mercado externo pela Saída Norte foram os de Santarém, no Pará, e Itaqui, no Maranhão, com respectivamente, 3,5 e 5,8 milhões de toneladas. Já entre os portos privados, as principais instalações foram o Terminal de Vila do Conde, com 2,9 milhões de toneladas; Itacoatiara (Hermasa), com 2,7 milhões de toneladas; e Ponta da Montanha (2,4 milhões de toneladas escoadas).

A Saída Sul, que inclui os portos de Santos (17 milhões de toneladas escoadas), Paranaguá (9,5 milhões de toneladas), São Francisco do Sul e Rio Grande, cada um com 3,5 milhões de toneladas, respondeu por 68% do escoamento da soja e do milho brasileiros para o mercado externo, totalizando 43,3 milhões de toneladas dos dois grãos no primeiro semestre deste ano.

Saída Norte
Considerando a participação dos portos da Saída Norte na movimentação brasileira total de milho e soja, houve uma evolução de 482% até o primeiro semestre de 2020 em relação a 2010. Os números da Antaq mostram que a participação daquele corredor na movimentação total de soja e milho nas instalações portuárias brasileiras aumentou de 24% (7,1 milhões de toneladas), em 2010, para 32% (14,6 milhões de toneladas), em 2015, alcançando o índice de 49% (35,3 milhões de toneladas), em 2019, percentual que foi mantido agora, no primeiro semestre.

Conforme explicou o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da Antaq, Fernando Serra, o primeiro semestre de 2020 foi marcado por um crescimento significativo nas exportações de soja, que apresentou alta de 32,3% no Brasil. “Destaca-se que o Arco Norte teve desempenho relevante nesse período, com aumento de 19% para essa mercadoria. Também foi excelente o escoamento para o exterior pelos portos do Sul e do Sudeste no primeiro semestre, com crescimento de 39,4%”, observou o gerente.

500 navios no 1º semestre
O Porto do Itaqui movimentou 500 navios no primeiro semstre deste ano, marca alcançada em pouco mais de seis meses e que reflete os resultados registrados pelo porto no primeiro semestre de 2020. Apesar da pandemia, por se tratar de um serviço essencial, o porto público do Maranhão seguiu operando para garantir o abastecimento da região centro-norte do país.

“Com a adoção de rígidos protocolos de segurança foi possível alcançar esses resultados. O primeiro semestre desse ano mostrou que nossos esforços para manter o porto operando foram exitosos. Além de garantir os insumos para abastecer as cidades da nossa área de influência, essa capacidade de resiliência e resposta rápida à crise permitiu a manutenção de empregos, das exportações e, consequentemente, da arrecadação, aspectos fundamentais neste ano atípico”, afirmou presidente do Itaqui, Ted Lago.

Em todo o ano de 2019 passaram pelo Itaqui 830 navios, o que representa uma média de 69 atracações por mês. Em 2020 a média está acima de 80 atracações mensais. “Além do crescimento nessa média, outro dado importante é a taxa de ocupação geral dos nossos berços, que está em 80%, dentro do limite definido pela ONU-UNCTAD como o ideal, o que demonstra nossa eficiência operacional”, destaca o diretor de Operações e Planejamento, Jailson Luz.

O navio de número 500 foi o SBI Hyperion, de bandeira da Libéria, desatracou do Porto do Itaqui na segunda-feira, 27, após carregar 65 mil toneladas de milho. A embarcação veio do Porto de Conakry, República da Guiné, com destino ao Porto de Haifa, em Israel.

Para o segundo semestre a expectativa é de mais crescimento em movimentação de cargas, com a entrada em operação da segunda fase do Tegram agora em agosto, o que vai elevar a capacidade de movimentação de grãos no Itaqui para 19 milhões de toneladas/ano. O volume de fertilizante também deve crescer a partir da inauguração do novo terminal de fertilizantes, da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi), ainda neste ano. A previsão é saltar de uma capacidade de 2 milhões para 3,5 milhões de toneladas de importação de fertilizante por ano.

A infraestrutura para granéis líquidos também está em fase de ampliação no Itaqui, com os projetos da Ultracargo, Granel e Raízen, além da perspectiva de licitação para arrendamento de quatro áreas para terminais, prevista para este segundo semestre, um investimento de R$ 478,1 milhões da iniciativa privada no porto público do Maranhão.

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