Importância do aleitamento

Amamentação saudável é alvo de campanha educativa

Sociedade de Pediatria do Maranhão preparou uma programação para o "Agosto Dourado"

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Raíra Albuquerque amamenta o filho, Miguel, várias vezes ao dia
Raíra Albuquerque amamenta o filho, Miguel, várias vezes ao dia (amamentação)

São Luís - O Ministério da saúde, como faz todos os anos, lançou a campanha “Agosto Dourado”, para estimular a amamentação saudável, dando início, em São Luís, a programação da Semana Mundial de Amamentação, que neste ano tem como tema “Apoie o aleitamento materno por um planeta saudável”. Neste contexto, a Sociedade de Puericultura e Pediatria do Maranhão está participando da campanha, que visa informar a população e os profissionais de saúde sobre a importância do aleitamento materno, para um planeta saudável.

Entre as atividades, uma live que acontece hoje, 6, às 20h, com transmissão pela plataforma makadu.live com a participação das pediatras Rossiclei Pinheiro (membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria) e Tania Maria Bezerra Nascimento Ayres, além da enfermeira Liane Batista da Cruz Soares. O tema a ser discutido será “A importância do aleitamento materno para a saúde do mundo”.

Segundo a presidente da Sociedade de Pediatria do Maranhão, médica Marynéa Vale, a porcentagem de mães que amamentam seus bebês até o sexto mês de forma exclusiva com leite materno e até os dois anos, de forma complementar, é de apenas 45% no Brasil. “Daí a necessidade de promovermos, anualmente, a campanha, no mês de agosto, porque simboliza a luta pelo incentivo à amamentação”, frisou a pediatra.

Bancos
A campanha, conforme Marynéa Vale, envolve também as unidades hospitalares com Bancos de Leite, como o hospital universitário e MACMA, com objetivo de incentivar a doação aos bancos de leite, de forma a assegurar leite materno pasteurizado aos recém-nascidos prematuros internados em Unidades Neonatais.

Estudos comprovam que a amamentação é capaz de salvar a vida de, pelo menos, 13% das crianças menores de cinco anos, em todo o mundo. A gerente de loja Raíra Albuquerque, que deu teve bebê no dia 21 de julho, contou que amamenta o filho, Miguel, várias vezes ao dia.“Todas as vezes que percebo que ele quer mamar, o alimento. Eu pretendo amamentá-lo até os seis meses exclusivamente com leite materno. No entanto, a partir do quarto mês, como vou voltar a trabalhar, vou colher o leite e deixar na mamadeira. A minha primeira filha, Isabela, mamou até um ano e meio. A outra, até os três meses, porque ela mesma não quis mais”, disse Raíra Albuquerque.

Marynéa Vale explicou que o leite materno tem os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver bem, sendo de fácil digestão para o organismo. Além disso, ele protege contra infecções e ajuda a mãe e o bebê a desenvolverem uma relação muito mais próxima e afetuosa. “A mãe que amamenta se sente mais segura sobre estar fazendo o bem para o bebê. Logo após o parto, quando ela dá de mamar, o hormônio que faz o leite fluir é o mesmo que ajuda na contração do útero. Logo, amamentar o bebê após o parto ajuda o útero a voltar para o seu tamanho normal mais rápido e diminuir o sangramento pós-parto”, explicou.

Amamentar, além disso, diminui o risco de câncer de mama, fortalece o vínculo entre mãe e filho e aumenta a imunidade, prevenindo contra doenças prevalentes na infância e mesmo na vida adulta. Ainda não se tem certeza, mas alguns indícios apontam que mulheres que amamentam têm menos riscos de ter diabetes e também de desenvolver câncer de mama. A intenção do evento é o apoio e fortalecimento do aleitamento materno, para garantia de desenvolvimento sustentável.

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