Temer: Bolsonaro demorou a se aproximar do Congresso
Ex-presidente da República defendeu que cabe ao chefe do Executivo trabalhar pela articulação com os parlamentares, mesmo que no governo haja um ministro para exercer especificamente essa função
SÃO PAULO - O ex-presidente da República Michel Temer avalia que o seu sucessor no Executivo, presidente Jair Bolsonaro, demorou para se aproximar do Congresso Nacional e começar a orgamizar uma coalizão que lhe permita maiores condições de governabilidade, sobretudo em momentos de crise e indefinições políticas.
Temer defendeu que cabe ao chefe do Executivo fazer articulação com os parlamentares, mesmo que haja um ministro para exercer especificamente essa função.
"Demorou para o governo admitir que ele precisa de apoio ao Congresso. Demorou, mas o presidente compreendeu. E quem faz a articulação política é o presidente. É importante, você precisa deles deputados e senadores para governar", afirmou durante live promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE).
Na tentativa de ter uma base de apoio no Congresso, Bolsonaro se aproximou de parlamentares do chamado "Centrão", sobretudo nos últimos meses. Apesar de várias críticas ao longo do mandato, o presidente recorreu ao que se convencionou chamar de "toma lá, dá cá" diante da escalada da crise política, que ganhou força após denúncias de tentativa de interferência na Política Federal - e, mais recentemente, após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do seu filho senador, Flávio Bolsonaro.
Segundo Temer, o presidente Bolsonaro tem "sorte" pela atuação "vibrante" do Congresso, que tem agido com "muita rapidez". "Ele deve cada vez mais trazer o Congresso para governar com ele. Não porque queira, mas porque a Constituição determina".
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