Estado Maior

As considerações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

A série de entrevista de O Estado com os pré-candidatos a prefeito de São Luís está entrando na sua última semana. Já foram ouvidos 11 dos 13 pré-candidatos. Na próxima semana, encerram a série Wellington do Curso (PSDB) e Adriano Sarney (PV).

Das entrevistas, dois pontos ficaram evidentes: a negação da existência de um consórcio de candidatos do Palácio dos Leões, mas sempre com a vontade expressa de ter o apoio do governador Flávio Dino; e o reconhecimento ao prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

Sobre o consórcio, a oposição disse que existe. Entre os nomes que afirmaram perceber a existência de múltiplos candidatos dos Leões, o pré-candidato do Podemos, Eduardo Braide, foi o mais direto ao garantir que o consórcio representa a vontade do grupo de Dino se manter no poder.

Dos governistas que negaram a existência do consórcio, Bira do Pindaré (PSB) e Duarte Júnior (Republicanos) afirmaram que nunca foram chamados para participar de qualquer reunião que tivesse em pauta as múltiplas candidaturas.

Fora esse ponto, a posição da maioria dos postulantes à prefeitura de São Luís chamou atenção também. Ao contrário de 2016, os pré-candidatos de agora reconheceram avanços da gestão de Edivaldo Júnior.

A postura dos pré-candidatos tem justificativa: com o ritmo de obras e serviços na capital e a postura perante o combate ao novo coronavírus, Edivaldo Júnior está com a popularidade em alta.

O reconhecimento à gestão municipal, claro, pode ter data marcada para acabar ou até ser ponderada por parte dos futuros candidatos. E este momento será quando o pedetista definir o nome que receberá o seu apoio.

Mas, por enquanto, não se sabe ao certo quem "ganhará" com o saldo da administração do prefeito. Ele, até então, tem priorizado a gestão. A política é para outro momento.


Erros e acertos

Ao contrário do que era imaginado, nem o pré-candidato Eduardo Braide chegou a fazer críticas diretas ao prefeito de São Luís.

Outros – mesmo da oposição – falaram em erros e acertos. Da situação, afirmaram que existe mais acertos que erros.

E assim, Edivaldo Júnior caminha para concluir seus 8 anos de gestão sem ser o alvo da classe política. Por parte da população, o prefeito tem recebido demonstração de reconhecimento ao trabalho.

E o ICMS?

O governador Flávio Dino (PCdoB) apontou falhas na proposta de Reforma Tributária apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro.

A proposta, que já foi entregue no Congresso Nacional, não tem justiça tributária, segundo o comunista.

Dino faz crítica mesmo depois de, no Maranhão, aumentar por três vezes o ICMS, o tributo considerado o mais injusto, já que pesa mais para a população mais carente.

Coordenação

Depois do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) anunciar que será o coordenador da campanha do pré-candidato de seu partido, Rubens Júnior, foi a vez de Juscelino Filho também se anunciar como coordenador.

Só que o democrata vai coordenar a campanha para prefeito do deputado estadual Neto Evangelista (DEM).

Dos pré-candidatos, por enquanto, somente Neto e Rubens já têm seus coordenadores gerais já definidos e atuando.

Mais dinheiro

O governo do Maranhão já recebeu do governo de Jair Bolsonaro mais de R$ 1 bilhão em recursos devido à pandemia do novo coronavírus.

Ainda há previsão de mais verba vinda de Brasília nos próximos meses. Todo o recurso reduzirá consideravelmente o impacto negativo na arrecadação do estado.

E além desse aporte federal, Flávio Dino receberá a doação de mais de R$ 5 milhões do bilionário George Soros por meio da Open Society Foundation.

Contaminações

A linha de contaminação da Covid-19 no Maranhão voltou a crescer nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria estadual de Saúde.

Foram mais de 1,7 mil novos casos registrados de quarta para quinta-feira. De óbitos, foram 30 registrados.

O que parece estar reduzindo é o número de casos ativos: são pouco mais de 11 mil em todo o estado.

De olho

1.757 pessoas foram registradas com o novo coronavírus no Maranhão nas últimas 24 horas.

Coletiva

E mesmo com a contaminação por Covid-19 ainda em alta, o Governo do Estado manterá o discurso de estabilização da pandemia no Maranhão.

Esta deverá ser a linha que o governador Flávio Dino (PCdoB) seguirá em sua entrevista coletiva semanal para falar sobre o novo coronavírus.

Mas a expectativa maior não é o número de contaminações. A espera é sobre o posicionamento do governo estadual sobre a volta às aulas.

E mais

- E esta expectativa é justificável, já que no início de julho, Dino havia anunciado o retorno das atividades escolares para dia 3 de agosto.

- Uma semana após, o governador ponderou e disse que poderia rever a data conforme os boletins epidemiológicos da SES.

- O mais provável é que Flávio Dino mantenha a data para reinício das aulas. Na rede pública, já existe até um calendário com programação para retomada das classes presenciais.

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