Crime

PM acusado de cometer feminicídio participará de audiência em fórum

Carlos Eduardo Nunes é acusado de assassinar a ex-companheira e o suposto amante dela, em um condomínio, no bairro Vicente Fialho, em janeiro deste ano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Carlos Eduardo Nunes é acusado de assassinar a ex-companheira, Bruna Lícia, e o suposto amante dela, em SL
Carlos Eduardo Nunes é acusado de assassinar a ex-companheira, Bruna Lícia, e o suposto amante dela, em SL (CARLOS EDUARDO POLICIAL )

SÃO LUÍS - Carlos Eduardo Nunes Pereira, de 31 anos, vai participar da 1ª audiência de instrução nesta quarta-feira, 15, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro do Calhau. Segundo a polícia, o militar está preso acusado de assassinar a tiros a ex-companheira, Bruna Lícia Fonseca Pereira, de 23 anos; e o suposto amante dela, José William dos Santos Silva, de 24 anos. A ação criminosa ocorreu na tarde do dia 25 de janeiro deste ano, no apartamento de Bruna, no Vicente Fialho.
A audiência de instrução vai ser presidida pela juiz titular da 4ª Vara do Tribunal do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior.
Um total de 15 testemunhas foram arroladas como ainda serão ouvidos o acusado e, logo após, o magistrado vai abrir o espaço para a defesa e a acusação apresentarem os seus argumentos sobre o caso.

Ação criminosa

Os assassinatos foram investigados pela equipe do Departamento de Feminicídio, órgão da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), que é coordenado pela delegada Viviane Fontenelle.
A delegada informou que, no dia 18 de janeiro deste ano, o policial terminou a relação amorosa com Bruna Lícia e retirou suas roupas e outros objetos do apartamento, que fica no bairro Vicente Fialho.

Segundo a polícia, a vítima chegou a comentar com amigas próximas que a partir daquele dia estava solteira e o seu ex-companheiro tinha deixado o apartamento. Após cinco dias, o militar tentou reatar a relação, mas Bruna Lícia não aceitou a proposta.

A delegada também frisou que no dia 25 de janeiro a vítima estava de folga e recebeu a visita de dois colegas de trabalho em seu apartamento, no horário do almoço. Um deles era José William.
De acordo com as investigações, no começo da tarde desse dia, Carlos Eduardo foi até esse local, com o objetivo de convidar Bruna Lícia para ir a um aniversário, e, ao encontrou a ex-companheira e José William despidos, no quarto, o polícia teria cometido o crime.
Ainda segundo a delegada, por meio de exames periciais, ficou comprovado que houve luta corporal entre o policial e as vítimas. As agressões partiram do policial, que também é acusado de ter efetuado os tiros.

As mortes

José William morreu sentado, enquanto a outra vítima, Bruna Lícia, morreu deitada no piso do quarto, com um tiro no tórax.
Após o ato criminoso, o militar entregou a arma para o tio, que é sargento da Polícia Militar, e foi apresentado na sede da SHPP.

Ele foi preso em flagrante e ao passar pela audiência de custódia, no dia 26 de janeiro, no fórum do Calhau, sua prisão foi convertida em preventiva, mantido custodiado no presídio militar.

A delegada disse que durante a investigação as testemunhas e o acusado foram ouvidos na sede da SHPP, na Avenida Beira-Mar, e também foi solicitado o resultado dos exames periciais feitos no local do crime e nos corpos das vítimas. No dia 4 de fevereiro, o inquérito policial foi encaminhado ao Poder Judiciário

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CRONOLOGIA

Dia 18 de janeiro: o militar termina o relacionamento com Bruna Lícia

Dia 23 de janeiro: o policial tenta reatar a relação; Bruna Lícia não aceita

Dia 25 de janeiro: Carlos Eduardo comete o duplo homicídio, na Vicente Fialho, e preso em flagrante

Dia 26 de janeiro: Poder Judiciário converte a prisão em flagrante de Carlos Eduardo em preventiva

Dia 4 de fevereiro: O inquérito policial encaminhado para o Poder Judiciário; delegada Viviane Fontenelle informa que o acusado foi indiciado por feminicídio e homicídio como também pode ser julgado pelo Tribunal do Júri.

Dia 15 de julho: 1ª audiência de instrução, no fórum do Calhau.

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