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Com tratamento, brasileiro está sem sinais de HIV há mais de um ano

Estudo da Unifesp teve método que aumentou a capacidade do sistema imunológico de eliminar o vírus

Com informações do G1 e Veja

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
(HIV)

São Paulo – Devido a uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi apresentada na última terça (7) na 23.ª Conferência Internacional de Aids, o maior congresso sobre o tema do mundo, um brasileiro de 34 anos infectado com o HIV em 2012 não mostra mais sinais do vírus há 17 meses, após ter se submetido a uma terapia experimental.

O paciente estava tomando uma combinação de três medicamentos padrão que suprimiam o vírus, contudo, desde 2015 ele passou a receber novas medicações, o dolutegravir e o maraviroc, e uma forma de vitamina B3. A ideia é aumentar a capacidade do sistema imunológico de eliminar o vírus.

O trabalho foi coordenado pelo infectologista Ricardo Diaz, diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Unifesp.

"O paciente esteve sob tratamento regular com antirretrovirais e, além do uso deste coquetel, foi colocado aleatoriamente em um grupo (no experimento) que recebeu também, por 48 semanas, dolutegravir, maraviroc e nicotinamida", explicou Diaz, doutor em infectologia e diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp).

Na coletiva de imprensa, feita na tarde de ontem e disponível no YouTube, a mediadora apresentou a pesquisa brasileira como possivelmente o "primeiro caso de remissão a longo prazo do HIV sem um transplante de medula" — procedimento usado em dois casos considerados curados no mundo, na Alemanha e no Reino Unido.

Trata-se do terceiro caso na história em que a eliminação do HIV é descrita, mas, se for confirmado, será a primeira vez em um adulto que não passou por transplante de medula óssea ou células-tronco.

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