Estado Maior

Nas mãos das "nacionais"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

As direções nacionais dos partidos políticos estão a cada dia mais conectando as disputas municipais aos interesses cujos resultados culminarão em 2022. Antes, as grandes capitais no Brasil é que tinham influência direta do comando nacional e isto decidia os rumos a serem tomados.

Em tempos mais recentes – incluindo agora, 2020 – as capitais brasileiras, todas interessam aos partidos políticos, que as têm como uma carta na manga a ser negociada a cada instante.

Em São Luís, esses movimentos que mostram interesses às direções nacionais das siglas foram percebidas no DEM, PSB, PSL e PT.

No PDT, não há necessidade de uma influência do comando nacional porque há uma ligação forte entre Carlos Lupi, que é presidente nacional do partido, e o senador maranhense Weverton Rocha. Logo, as decisões do partido sempre parecem ser tomadas em conjunto entre os dois.

Dois partidos que ainda estão aguardando posições nacionais, PSL e PT. O primeiro deverá bater martelo sobre como caminhará em São Luís até o fim da semana. Há cerca de duas semanas, a posição da legenda parecia fechada com o Republicanos de Duarte Júnior.

Da parte do PT, a direção nacional está em plena sintonia com o comando em São Luís. Os diálogos estão acontecendo e a aproximação com o PCdoB, do pré-candidato da sigla, Rubens Júnior, parece não ter retorno.

O martelo, pelo que apurou a coluna, ainda não foi batido a favor do comunista, porque há um interesse da direção nacional de apaziguar os ânimos do PSB, alvoraçados em Recife, onde os petistas competirão pela Prefeitura sendo adversários dos socialistas.

A saída para sanar a ferida vinda de Pernambuco seria oferecer o PT de São Luís ao nome do PSL, que é o deputado federal Bira do Pindaré. Mas, ao que parece, as negociações não avançaram.

Declarações de apoio
Enquanto o PT não anuncia sua posição para as eleições de 2020 na capital maranhense, já tem agendado anúncios de apoios de petistas ao pré-candidato comunista, Rubens Júnior.

Até sexta-feira (11), o Partido dos Trabalhadores terá parte de seus membros já declarando apoio ao PCdoB. Para parte dos petistas, as declarações de apoio que virão é uma manifestação clara de que uma aliança dará ao PT a vaga de vice na chapa de Rubens Júnior.

Consórcio
A quinta entrevista da série promovida por O Estado com os pré-candidatos a prefeito de São Luís foi com Eduardo Braide (Podemos).

Ele voltou a afirmar a existência do que chamou de "consórcio" de candidaturas ligadas ao Palácio dos Leões.

Para Braide, o objetivo deste é manter o atual grupo que lidera o Estado no poder desde janeiro de 2015.

Independência
Braide voltou a defender ainda a sua independência política e disse que isso será trunfo para ser eleito.

Ele rechaçou qualquer ligação com grupos considerados tradicionais, mas disse que dialoga com os vários campos políticos.

O pré-candidato também fez duras críticas à gestão municipal, questionando cumprimento de promessas feitas em 2012 e também em 2016.

Frente ampla
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse ser hoje inviável a consolidação de um
nome único da frente à qual ele denomina de "oposição", visando à corrida presidencial em 2022.

De acordo com o comunista, o grupo político deveria buscar uma candidatura consensual.

"Eu, na verdade, não tenho a ilusão de que vamos juntar toda a oposição com uma só candidatura. Mas acredito que a gente deve tentar”, disse o gestor.

Inviável
Apesar de, na entrevista, Flávio Dino ser apontado como uma das opções para candidatura daqui a dois anos na corrida ao Planalto, na prática, essa possibilidade torna-se, a cada dia, inviável.

A resistência na esquerda, em especial no PT, ao seu nome é fator que joga contra as suas ainda pretensões.

Mesmo com os elogios de Lula em live no dia 29 do mês passado, Dino deve ter esse desejo político adiado.

DE OLHO
90.251 CONTAMINADOS da Covid-19 no Maranhão é o número necessário para que o governo anuncie rigor nas fiscalizações em bares, restaurantes e locais públicos que estão permitindo aglomeração.

Pesar
A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) externou profundo pesar e se solidarizou com a família do ex-prefeito de Passagem Franca, Bení Cazé.

O ex-gestor sentiu-se mal ainda na sexta-feira (3) e foi logo levado para hospital em Teresina, onde veio a óbito.

A emedebista manifestou tristeza pelo falecimento do político, que comandou a prefeitura de Passagem Franca de 1989 a 1993 e sempre foi uma das maiores lideranças políticas da cidade.

E MAIS

• O deputado Adriano Sarney (PV) comemorou, em redes sociais, o resultado de recente pesquisa eleitoral que o posicionou em segundo lugar na corrida para a Prefeitura da capital, empatado tecnicamente com outros pré-candidatos.

• Vereadores da Comissão de Orçamento, Finanças, Planejamento e Patrimônio da Câmara Municipal de São Luís debateram o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021.

• A proposta é a base para elaboração da Lei Orçamentária Anual, a ser votada até o final do ano.

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