Reabertura

Igrejas católicas estão prontas para reabertura no dia 1º de julho

Decreto do governo autorizou reabertura no dia 10 de junho, mas Arquidiocese resolveu esperar mais algumas semanas para o retorno; igrejas precisam fazer adaptações para garantir segurança sanitária

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Igrejas precisam se adaptar; na Sé, bancos foram substituídos por cadeiras, afastadas umas das outras
Igrejas precisam se adaptar; na Sé, bancos foram substituídos por cadeiras, afastadas umas das outras (Igreja da Sé)

SÃO LUÍS – Muitas igrejas católicas da capital estão se preparando para reabrirem as portas na próxima quarta-feira, 01. Segundo uma portaria do governo do estado, por meio da Casa Civil, as manifestações religiosas em igrejas estão permitidas desde o dia 10 de junho, porém, o Arcebispo Dom José Belisário, através da Arquidiocese Metropolitana de São Luís, publicou decreto no dia 15, dando instruções sobre as normas sanitárias a serem seguidas pelas paróquias e fiéis, e também divulgando a data da reabertura gradual para o dia primeiro.

Segundo a Arquidiocese, apenas algumas igrejas vão retornar a partir do dia primeiro. “O decreto não quer dizer que todas as paróquias irão abrir simultaneamente nesse dia, ou seja, cada pároco, dentro da sua realidade, vai partir do dia primeiro, dizer quando e como será a reabertura da sua paróquia”, explica Paulo Victor, Assessor de Comunicação da Arquidiocese e do Arcebispo.

É importante ressaltar, que esse retorno das atividades, deve ser feito com segurança e que os templos devem seguir uma série de recomendações sanitárias do governo, como a redução do número de fiéis nas igrejas, para 50% da capacidade. O Padre Everaldo Araújo, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, localizada em frente à Praça Gonçalves Dias, no centro de São Luís, conta para O Estado como será o processo na sua igreja. “Nós já nos reunimos com as pessoas da comunidade. Envolveremos os jovens – que ficaram responsáveis pela limpeza dos bancos entre uma celebração e outra. Na na porta da igreja, teremos agentes da Pastoral da Acolhida, fazendo a distribuição de álcool em gel e também oferecendo máscaras, caso alguém chegue sem”, frisa o pároco. O número de missas foi aumentado para cinco, nos domingos, antes eram apenas duas. Essa é uma forma de facilitar que mais pessoas participem das celebrações, já que as outras igrejas que integram a paróquia não irão reabrir.

Valdivan Diniz, é auxiliar de serviços gerais e faz parte da Paróquia Nossa Senhora da Penha, que fica no bairro do Anjo da Guarda. Sua igreja irá reabrir somente no dia 5 de julho, ele aguarda ansioso pela retomada das atividades. “A expectativa para a reabertura está muito boa, pois estávamos esperando com muita alegria. Estamos precisando nos reabastecer de Jesus, por meio da palavra e da Eucaristia”, destaca o fiel.

Higienização

O 24° Batalhão de Infantaria de Selva (24°) já realizou diversas ações de higienização, durante toda a pandemia. A equipe que faz esse trabalho também contribuiu na desinfecção de várias igrejas da ilha. Inclusive, a paróquia Nossa Senhora dos Remédios, citada anteriormente na matéria. Os templos contribuem com o material – caso o cloro ou água sanitária – e o soldados realizam o processo de limpeza. “Nesse período de Covid, nós estamos estendendo a nossa mão amiga fazendo essas higienizações em algumas igrejas que solicitaram com a gente”, afirma o Capitão George, chefe da Comunicação Social do 24° BIS.

Festejo de São Pedro

Todos os anos a comunidade São Pedro – Madre Deus (Paróquia São José e São Pantaleão, realiza o tríduo para São Pedro, de 26 a 29 de junho. O festejo teve início nesta sexta-feira, 26 e se estende até o dia do santo. Até o dia 28, acontecerão missas todos os dias, às 19h, transmitidas pelos meios de comunicação da igreja, no Facebook e Instagram. “Para hoje, estamos realizando uma celebração de abertura que abranja a importância da festa, e enfatizando também a celebração de 80 anos do festejo na Madre Deus”, ressaltou Arthur Santos, coordenador do grupo de jovens da comunidade de São Pedro.

Flávia Matos participa ativamente do festejo todos os anos, e em 2020 não será diferente, mesmo com as adversidades. “Nos reunimos esse ano, para fazermos a novena tudo virtualmente (12 a 20 de junho), e como não se pode aglomerar, conseguimos fazer as transmissões de casa em casa via Whatsapp, e deu certo, as famílias participaram como se estivéssemos unidos de verdade. Então, faremos as transmissões das celebrações do festejo, sendo uma forma de não deixar passar em branco uma tradição de mais de 80 anos. Será um festejo bem atípico para todos os devotos, pois esse ano não haverá as danças dos bois, a grande tradição, mais a parte religiosa fizemos questão de manter”, conta Flávia Matos.

Ela relembra com afeto das primeiras vezes que participou das celebrações de São Pedro. “Lembro-me muito bem do festejo de 1994, onde colocamos barracas de palha, a igreja ainda era na parte de baixo, meu pai estava sempre envolvido em tudo”, completa.

SAIBA MAIS

Festejo de São Paulo

Outra celebração católica que teve início nesta sexta-feira, 26, foi o festejo de São Paulo Apóstolo, totalmente virtual. A celebração da santa missa teve início às 18h30 e houve live cultural às 20h, a festividade se encerra na segunda-feira, 29, dia do santo, assim como São Pedro, no entanto, as festividades litúrgicas dos dois santos se encerram no domingo. Além do formato diferente em razão da pandemia, a Paróquia São Paulo Apóstolo, localizada no Renascença II, este ano a novidade são máscaras personalizadas do festejo.

A live cultural contou com a presença de Lúcio Cordas e Roberto Ricci, nesta sexta-feira. Hoje, 27, será a vez do Boi Barrica e Forró com Xote, e para encerrar no domingo, 28, os cantores Antônio José e Fabrícia.

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