SÃO PAULO - Com a chegada do frio e do inverno, aumentam os números de casos de gestantes com doenças respiratórias. Isso acontece porque o sistema imunológico das gestantes e puérperas tem uma resposta imunológica inferior a uma infecção por vírus ou bactéria, que muito provavelmente ocorre devido à flutuação hormonal que acontecem nestes períodos.
Por isso, a ginecologista e obstetra, especialista em medicina fetal e ultrassom pediátrico, Dra. Tatiana Barbosa Pellegrini, alerta que é preciso reforçar ainda mais os cuidados com este público. “Elas estão mais suscetíveis ao contágio de doenças, quase sempre por vírus, como são os resfriados ou a gripe. Para evitar, a recomendação é ter uma boa alimentação e quando possível, realizar atividade física leve”, destaca. Outra questão importante é o descanso, que é fundamental. Segundo a médica, dormir por cerca de 7 a 8 horas é o ideal.
Gripe X Resfriado
Ambos os quadros tratam-se de infecções que não requerem tratamento com antibióticos, já que são causados por vírus. Entretanto, no caso da gripe, as complicações podem ser mais graves.
Resfriado
Apresenta sintomas mais amenos, com sintomas como congestão nasal, tosse seca, espirros, mal-estar geral e eventualmente febre baixa, e o quadro pode desaparecer em 4 a 5 dias. Recomenda-se repouso e aumentar a ingestão de líquidos.
Gripe
Os sinais surgem de maneira rápida e em poucas horas o mal-estar torna-se visível, com dor de cabeça e muscular, cansaço, febre acima de 38º, que pode durar até uma semana, dor de garganta, tosse com secreção e um quadro de inapetência. Ela pode perdurar durante 7 dias ou mais, dependerá de cada caso.
A especialista alerta que quando a paciente tem uma piora no quadro, podem surgir complicações como a sinusite, otite e até a pneumonia, que são mais preocupantes e demandam tratamentos específicos. “Outro fator importante é se a gestante possui outras doenças como asma, cardiopatias, entre outras, que podem trazer formas graves do problema".
O que fazer?
O diagnóstico e tratamento começam com a avaliação dos sintomas. Em casos menos assintomáticos, recomenda-se apenas o repouso e ingestão de bastante líquidos. E em outros, onde os sinais agravaram-se, o médico poderá prescrever analgésicos para o controle da dor e antitérmicos para o controle da temperatura. “Importante frisar que as grávidas não podem fazer uso de qualquer medicação, geralmente é feito o uso do paracetamol, que é considerado o medicamento com menos riscos para a saúde do bebê”, diz.
Para outros incômodos gerais, como o nariz entupido, a gestante pode fazer a lavagem com soro fisiológico e usar uma solução salina isotônica de água do mar, que encontra facilmente em farmácias. “Cuidado com o uso dos chás, nem todos podem ser consumidos pelas grávidas”, complementa Tatiana.
Saiba Mais
Dicas e orientações
- Hidrate-se: beba água e invista nos sucos naturais e sopas leves;
- Descanse: esse é um importante aliado do organismo;
- Faça uso do umidificador de ar, caso necessário;
- Se tiver febre ou dores musculares, consulte o médico para recomendar a dosagem adequada do analgésico e antipirético compatível com a gestação;
- Faça uma alimentação saudável, com frutas e legumes;
- Tome a vacina da gripe;
- Tenha os cuidados necessários com a higiene: lave as mãos, use álcool gel e máscara.
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