Coronavírus

Pesquisa vê remédio como grande avanço no tratamento da Covid-19

Segundo os pesquisadores, a dexametasona, esteroide barato e bastante usado, se tornou o primeiro remédio a mostrar evolução no tratamento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Remédio usado reduziu taxas de mortalidade em cerca de um terço
Remédio usado reduziu taxas de mortalidade em cerca de um terço (dexametasona)

LONDRES - A dexametasona, um esteroide barato e amplamente usado, se tornou o primeiro remédio que se provou conseguir salvar vidas de pacientes da Covid-19, o que cientistas viram como um “grande avanço” no combate à doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

Resultados de testes anunciados nesta terça-feira mostraram que a dexametasona, que é usada para diminuir inflamações de outras doenças, reduziu as taxas de mortalidade em cerca de um terço entre pacientes de Covid-19 hospitalizados em estado grave.

Os resultados levam a crer que o remédio deveria se tornar um recurso padrão no cuidado de pacientes com casos graves da doença imediatamente, disseram os pesquisadores que realizaram os testes.

“Este é um resultado que mostra que, se pacientes que têm Covid-19 e estão ligados a ventiladores ou no oxigênio recebem dexametasona, isso salvará vidas, e o fará a um custo notavelmente baixo”, disse Martin Landray, professor da Universidade de Oxford e colíder do teste conhecido como Recovery.

“Será muito difícil qualquer remédio substituir este, dado que, por menos de 50 libras esterlinas (cerca de 325 reais), você pode tratar oito pacientes e salvar uma vida”, disse ele a repórteres em uma entrevista virtual.

Único remédio

Peter Horby, pesquisador e colíder do teste, disse que a dexametasona é “o único remédio até agora que reduziu a mortalidade — e a reduz significativamente”.

“É um grande avanço”, afirmou. “A dexametasona não é cara na prateleira e pode ser usada imediatamente para salvar vidas em todo o mundo”.

Atualmente, não existem tratamentos ou vacinas aprovados contra Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, que já matou mais de 431 mil pessoas globalmente.

O teste Recovery comparou as reações de cerca de 2.100 pacientes que foram designados de forma aleatória para receber o esteroide com cerca de 4.300 pacientes que não o receberam. l

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