Isolamento

América Latina debate o fim do isolamento, apesar de aumento de infectados

Discussão ocorre apesar de dados mostrarem que os casos de coronavírus na América Latina crescem muito mais rápido do que em outros lugares

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Imigrantes hondurenhos no México, após serem deportados dos EUA
Imigrantes hondurenhos no México, após serem deportados dos EUA (fulga)

RIO DE JANEIRO/SANTIAGO - Países da América Latina têm enfrentado um debate cada vez mais exacerbado sobre quando e como reativar suas economias, em grande parte paralisadas devido às medidas de isolamento do coronavírus, mesmo que a pior fase do surto ainda não tenha atingido os países da região.

A discussão ocorre apesar de dados coletados pela Reuters mostrarem que os casos de coronavírus na América Latina crescem muito mais rápido do que em outras partes do mundo. A região ultrapassou uma marca lamentável na última quarta-feira: 10 mil mortes e 200 mil casos confirmados de coronavírus.

No Brasil, as cenas de um shopping em Blumenau (SC) que abriu as portas após o governo afrouxar as medidas de isolamento correram o país, provocando reações contrárias de euforia e críticas. No dia 22 de abril, quando houve a abertura, a cidade tinha 98 casos confirmados de Covid-19. Quatro dias depois, eram 167, um salto de mais de 70%. “A reabertura do shopping é efetivamente uma ação muito ruim, em um momento muito ruim e do modo equivocado”, disse o prefeito de Blumenau, Mario Hildebrandt, à Reuters.

A operadora do shopping, Almeida Junior, disse que a decisão foi tomada seguindo as determinações do governo.

O presidente Jair Bolsonaro, crítico veemente do isolamento por causa dos impactos econômicos, disse nesta semana que não pode fazer milagre, depois que o país bateu recorde de mortes em 24 horas, 474, e superou o total de óbitos da China, com mais de 5.400 vítimas da doença.
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, respondeu o presidente a jornalistas, fazendo referência ao seu nome do meio.

O debate no Brasil se estende pela América Latina, onde a maioria dos países está enfrentando sua pior recessão desde os anos 1930. l

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