COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
ALARMADA com o crescimento da pandemia do coronavírus em São Paulo, a top model maranhense Bianca Klamt botou os pés no jato e se mandou para a casa dos seus pais, em São Luís, onde está confinada com eles até passar a crise
ALARMADA com o crescimento da pandemia do coronavírus em São Paulo, a top model maranhense Bianca Klamt botou os pés no jato e se mandou para a casa dos seus pais, em São Luís, onde está confinada com eles até passar a crise

Vazio necessário
Uma São Luís diferente despertou na manhã de ontem.
Ruas vazias, parques e praças solitários, comércio fechado. Não havia cheiro de comida a temperar a brisa outonal da segunda-feira de quem caminhava pelas calçadas.
Tampouco a risada fácil de quem comentava os jogos do fim de semana no banco da praça. A calmaria tem nome: prevenção.
Atendendo a recomendação das autoridades médicas, muita gente ficou em casa.
É o medo de contágio pela Covid-19, que até ontem já havia atingido algumas pessoas nesta Capital.

Vazio necessário 2
Agora, a rotina deve ser de confinamento. E quem se arrisca do lado de fora da porta, numa cruzada inadiável ao supermercado ou à
farmácia, anda com pressa, muitos com a face protegida por máscara e as mãos guarnecidas por luvas.
Não há medo de parecer extravagante nesse figurino de pandemia. Até porque não há nada de espalhafatoso em circular por aí
envelopado de cuidados médicos quando uma doença mata em escala geométrica mundo afora.
Quase 15 mil mortes no planeta, mais de 20 no Brasil e, graças Deus, nenhuma em São Luís.
É na tentativa de manter zerado esse placar que o isolamento se impõe.
Portanto, fique em casa se sua atividade não for serviço essencial.
Hoje, amanhã, depois. Até quando os médicos mandarem. A cidade vazia inevitavelmente se tornou melancólica. Mas vai passar.

A mesma capa
Pela primeira vez na História, jornais impressos brasileiros unificaram as suas capas para realçar o papel do jornalismo no combate à Covid-19.
O exemplo pioneiro partiu dos três principais jornais do Maranhão.
E ontem dezenas de jornais de todo o Brasil fizeram o mesmo e também trouxeram a mesma capa, com a seguinte mensagem: “Juntos
vamos derrotar o vírus: Unidos pela informação e pela responsabilidade”.
A ação é parte da campanha de mobilização contra o coronavírus da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Os veículos também criaram uma hashtag unificada - #imprensacontraovirus.
Em situações como a atual, onde as redes sociais veiculam tanta desinformação, o trabalho jornalístico confiável ganha ainda
mais relevância, ajudando a salvar vidas e a organizar a sociedade.

Vocação exemplar
Hospitais públicos, particulares, filantrópicos e beneficentes têm atendido de modo incansável.
Não emitem nenhuma palavra sobre atrasos de governos nos pagamentos e tabelas de prestação de serviços defasadas há décadas.
Equipes médicas, de enfermagem, diretores e administradores jogam-se na missão de salvar vidas com extrema dedicação.

Livro na AMEI
Assim que tudo melhorar e a Livraria Amei do São Luís Shopping reabrir, já estarão lá os exemplares do livro “O Outro Lado da
Maçã”, de autoria do jornalista Evandro Júnior. A obra está nas prateleiras, tendo chegado antes do anúncio de que o shopping iria fechar, temporariamente. No entanto, dá para adquirir sem sair de casa: solicitando pelo endereço eletrônico www.ameilivraria.com.

TRIVIAL VARIADO
Enclausurados em casa, muitos admiradores do saudoso escritor Fernando Sabino estão relendo Cidade Vazia. O livro reúne crônicas escritas entre 1946 e 1948, quando o autor morou em Nova York, cidade com 8 milhões de habitantes, na qual sentia extrema
solidão.

Nos seus últimos anos de vida, Fernando Sabino manteve uma estreita relação de amizade com este Repórter PH, ao ponto de ter vindo a São Luís em duas oportunidades participar de eventos promovidos por esta coluna.

A propósito: Cidade Vazia é também título de composição de Baden Powell e do maranhense Lula Freire, que Elizeth Cardoso gravou
em 1966 acompanhada pelo Zimbo Trio.

Trecho final da letra: “E quem quiser entender / e se puder ajudar / nosso desejo é fazer / todo o Universo se amar”. Está em discos, CDs e no Youtube. É só procurar.

Do cronista Demitri Tílio, do jornal O Povo, de Fortaleza: “Para quem não morreu em 2017, ano mais violento do Ceará, com 5 mil e tantos assassinatos – quase 14 mortes por dia, a prova do confinamento para ganhar uma vida contra a Covid-19 ainda é
suportável”.

Força do vírus: Donald Trump, o indomável, recua e admite sentar à mesa com os democratas para negociar um pacote de
combate à pandemia.

Com o começo das definições de candidaturas, vai se consagrar o ditado: o mundo é redondo, mas os políticos sempre procuram os cantos para conchavar.

Até que a situação se normalize, as feirinhas de alimentos instaladas uma vez por semana nos bairros, devem ser encaradas não mais como um local de passeio e confraternização, mas apenas de abastecimento.

No capítulo: a dica é levar uma lista, comprar o mais rapidamente possível – de preferência por apenas um membro da família – e voltar logo pra casa.

Para quem ainda acha que há exagero nas medidas adotadas para tentar conter a expansão do coronavírus, convém lembrar que, nos
últimos dias, na Itália, o balanço e mortos é como se caísse a cada 24 horas um avião com mais de 500 passageiros.

Manuais para candidatos de primeira viagem contêm ensinamentos. Um deles, muito sugestivo: não arrombe portas abertas. O mundo não começará no dia em que você, se for eleito, assumir o mandato.

A cada ano, 8 milhões de toneladas de plástico são jogados nos oceanos, segundo pesquisas de cientistas britânicos. O problema
começa nos núcleos urbanos. A lixeira em que se transformou os riachos da Ilha de São Luís, é apenas um exemplo entre centenas de
milhares em todo o mundo.

DE RELANCE

Calamidade e voto
Os decretos de calamidade pública são fundamentais nesse momento. Eles dão aos governantes, eleitos por nós, poderes descomunais, mas justificáveis pelas circunstâncias.
Primeiro pela velocidade necessária nas decisões. O processo normal, com seus pesos e contrapesos, debates, votações, emendas e prazos, seria lento demais. O segundo aspecto é o financeiro. Presidente, governadores e prefeitos não podem, normalmente, descumprir o orçamento aprovado pelos parlamentos.

Calamidade e voto 2
Com os decretos, há flexibilização para, por exemplo, retirar dinheiro de outras áreas e investir na saúde, manobra que levaria meses ou poderia levar, em circunstâncias normais, à condenação do ordenador de despesas. É por isso que devemos votar em pessoas
sensatas e equilibradas. Para que nessas horas, com imensos poderes em suas mãos, os governantes saibam agir com serenidade, equilíbrio, bondade e firmeza.

Na linha de frente
Não resta dúvida de que os profissionais da saúde são os mais afetados pela primeira onda da pandemia de coronavírus. Na linha de frente, são eles que têm de administrar o estresse do trabalho sem descanso e, ao mesmo tempo, o risco da exposição ao vírus. Todas as homenagens e reconhecimentos são poucos. Mas existe um outro grupo de profissionais que, entre tantos, merece aplauso e carinho extra: os servidores da segurança pública.
Polícia Civil e Brigada Militar são peças fundamentais nesse esforço coletivo de conter, em ordem, a ameaça de contaminação e seus efeitos sociais.

Na linha de frente 2
Da operação nos presídios ao patrulhamento das ruas, milhares de homens e de mulheres cumprem, nesse momento, um papel altamente nobre e relevante. A todos eles, um profundo e comovido agradecimento. Incluo nesse grupo os integrantes das Forças Armadas, que já atuavam nos rincões mais distantes do Brasil e que agora, com capacidade operacional e competência estratégica e
tática, certamente contribuirão ainda mais com o país. Nós, como sociedade, devemos a eles gratidão e o desejo que sintam a energia positiva que vem de cada um de nós, mesmo que distantes.

Posições divididas
O recado já foi dado no último domingo pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta: está cada vez mais evidente a impossibilidade de realização das eleições municipais este ano e a necessidade da prorrogação dos mandatos de prefeitos, vices e vereadores. Entre prefeitos e vereadores, as posições são divididas. Os atuais prefeitos e vereadores defendem, na sua maioria, prorrogação. Ex-prefeitos, muitos deles atualmente exercendo mandatos de deputado federal ou estadual, e que se preparam para a
eleição deste ano, se posicionam contra a prorrogação dos atuais mandatos municipais.

Óculos virtuais
Preparando-se para entrar no mercado de óculos de realidade virtual, a Aplle está apostando em pesquisas para garantir imagens nítidas e de qualidade para os olhos do usuário. A empresa publicou na última quinta-feira (19) um estudo envolvendo cinco novos pedidos de patentes. Os novos registros revelam tecnologias que podem estar presentes no Aplle Glasses, suposto nome do dispositivo de realidade aumentada da marca.

Óculos virtuais
Três das cinco patentes se dedicam a garantir uma imagem nítida e clara ao usuário, com iluminação e brilhos uniformes e suficientes. Já a quarta patente diz respeito à qualidade do som, enquanto a última demonstra como usar o HMD (head-mounted display ou display usado na cabeça) desacoplado do corpo.

Para escrever na pedra:
“Nunca se deve beber com quem tem tempo, pois dá cirrose, nem jogar com quem não tem dinheiro, pois você nada terá a ganhar”. De autor desconhecido.

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